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GERAL

Campanha do Milênio da ONU começa a discutir no Brasil metas para depois de 2015

Educação de qualidade, governo honesto e atuante, melhoria nos serviços de saúde e proteção às florestas, rios e oceanos são as principais necessidades dos jovens.

03/04/2013 - 11:53


A votação ocorre pelo site http://www.myworld2015.org e, em alguns países, em pesquisas em papel e também por meio de mensagem de texto do telefone celular. Qualquer pessoa pode, e deve participar. São colocados 16 itens: a pessoa deve escolher os seis que considera mais importantes.
A diretora da Campanha do Milênio das Nações Unidas, Corinne Woods, explica que os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), lançados no ano 2000, foram “escritos por pessoas em uma sala e apresentados ao mundo”. Agora, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que todos fossem ouvidos para dizer o que querem para o futuro.
“Todos os países do mundo, qualquer país do mundo tem cidadãos com coisas importantes a dizer. Queremos ouvir todos os cidadãos, em particular os jovens e os jovens que vivem em locais de pobreza. Criamos esse questionário muito simples com as perguntas para as pessoas discutirem sobre o que as preocupa”.
O coordenador do Programa Cidadania dos Adolescentes do Unicef-Brasília, Mário Volpi, explica que o objetivo da iniciativa é descobrir as prioridades que fazem sentido para as pessoas.
“Às vezes, os governos tem suas análises, seus recursos, acham que as obras vão resolver tudo, ou só a educação resolve tudo. E com essa discussão, vamos perceber o que falta para as comunidades, para as pessoas que têm mais necessidade, para quem tem menos voz na sociedade, e, dessa forma, ampliar esse repertório de propostas e de soluções para um mundo melhor”.
Entre adultos e jovens, uma prioridade aparece absoluta: a educação. Para a agente comunitária de saúde Renata Jardim, moradora do Borel, na Tijuca, zona norte, a educação é a base para se conseguir todas as outras conquistas. “Quando se tem educação, quando você tem acesso, porque a educação acaba te possibilitando acesso, e quando você tem acesso as demais coisas se acrescentam, porque você reconhece direitos, você reconhece deveres: então você acaba tendo consciência das demais coisas dentro do processo. Educação para mim é o mais importante”.
Corinne Woods fica no Brasil até sexta-feira (5), para conversar com membros do Governo e ouvir grupos específicos da sociedade civil. Em setembro, os primeiros resultados da pesquisa serão apresentadas na Assembleia Geral das Nações Unidas. A votação My World vai até 2015, quando as informação serão reunidas e levadas à ONU, para serem definidas novos objetivos para o milênio.

Da Agência Brasil

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