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GERAL

Toledo é referência no desenvolvimento da piscicultura para demais Estados

Produtores do Distrito Federal estão em Toledo para conhecerem a cadeia produtiva da região.

23/04/2013 - 20:55


Uma comitiva – formada pela coordenadora nacional do SEBRAE de Pesca e Aquicultura, Newman Costa; gerente de agronegócio do SEBRAE no Distrito Federal, Patrícia Ferreira e mais 15 produtores – está no Município para conhecer o desenvolvimento do setor. Nesta quarta-feira (24), o grupo participa da palestra ‘Situação Geral e Cadeia Produtiva da Piscicultura no Paraná’, ministrada pelo líder do Grupo de Estudos de Manejo na Aquicultura (GEMAq), da Unioeste, o professor Dr. Aldi Feiden. Pela tarde, a comitiva visita alguns produtores da cidade e região. As atividades seguem até esta sexta-feira (26).

Segundo o consultor do SEBRAE nacional, o engenheiro de pesca Rui Dias Trombeta, a população do Distrito Federal consome muito pescado, no entanto, a produção do Estado é insuficiente para atender a demanda.
Trombeta destaca que o Distrito Federal é o Estado da Federação que menos produz pescado, pois a cadeia produtiva da piscicultura é pouco estruturada e também não possui recursos naturais para serem explorados.
O profissional comenta que os produtores estão interessados em conhecer e incorporar novas tecnologias que intensifiquem a produção do pescado. Ele explica que o Brasil possui tecnologia para intensificação, porém as informações de como aplicá-la não chegam com facilidade até os produtores. “O intercâmbio proporciona aos produtores conhecerem a realidade da região de Toledo, a qual já está com a atividade consolidada”.
Outro fator, comentado pelo consultor, que justifica a pouca estrutura da piscicultura no Distrito Federal é a falta de uma instituição de ensino naquela região que forme mão de obra qualificada e, consequentemente, ofereça assistência técnica aos produtores. De acordo com o engenheiro de pesca, os profissionais que atuam no setor são oriundos de outros Estados, como o Paraná.
De acordo com o consultor do SEBRAE nacional, o clima das regiões Centro Oeste e Nordeste do Brasil é propício para a produção do pescado, com temperaturas elevas o ano inteiro, porém o nível de organização do setor nestas regiões ainda precisa ser estruturado, podendo seguir o modelo desenvolvido na região Oeste do Paraná. “Os produtores organizados por meio de associações e cooperativas podem se estruturar com mais facilidade”.
Facilitador
O consultor do SEBRAE nacional, Trombeta, destaca que a entidade atua como facilitadora no processo. “As ações desenvolvidas pelo SEBRAE culminam para a estruturação da cadeia produtiva daquela região que de certa forma ainda está iniciando. Quando um pequeno produtor pretende ingressar neste segmento, normalmente busca auxílio do SEBRAE”.
Ele informa que alguns produtores que participam da visita em Toledo e região pretende ingressar nesta atividade. “Algumas pessoas iniciam na atividade sem conhecimento e uso de técnicas apropriadas e cometem vários equívocos. Com isso, o produtor - com o passar dos anos - acaba tendo alguns prejuízos e a atividade entra em descrédito. Durante a visita, os produtores têm a oportunidade de conhecerem diversos casos de sucesso da região Oeste do Paraná, podendo adequá-las as necessidades da região do DF e entorno”.

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