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Superdotados frequentam aulas de Eletrônica e Robótica no Câmpus Toledo da UTFPR

Semanalmente, às terças-feiras, das 7h20min às 9h, alunos com altas-habilidades (superdotados), dos Colégios Estaduais Jardim Porto Alegre e Dario Velozzo participam de aulas de eletrônica básica e robótica, ministradas pelo professor Dr. Paulo de Tarso Neves Junior, no laboratório de eletrônica da UTFPR Câmpus Toledo.

26/11/2014 - 17:26


O Projeto de Extensão: “Ensino de Eletrônica Básica para alunos de escolas públicas com altas habilidades” iniciou suas atividades no primeiro semestre de 2014 e é coordenado pelo professor Paulo de Tarso, com o apoio do professor Felipe Walter Dafico Pfrimer e do acadêmico Mikhael Cima Chrum.

As aulas práticas e teóricas irão até o término do segundo semestre de 2015 e estão sendo acompanhadas por uma docente da escola, a pedagoga Cristina Favaro Alves dos Santos. A professora é responsável pela sala de recursos de altas habilidades do Colégio Jardim Porto Alegre, onde são atendidos os alunos superdotados.   

O objetivo do projeto é a integração entre a universidade e a sociedade, por meio de aulas de eletrônica e robótica básica. Deste modo, será possível proporcionar uma atividade intelectual e estimulante aos alunos, despertando seu interesse pela eletrônica e ainda, futuramente, tenham interesse de se tornarem acadêmicos do curso.

Os alunos estão aprendendo noções de circuitos elétricos; eletrônica digital; programação para Arduino[1]; como funcionam os sinalizadores, sensores e atuadores diversos. Ainda são instruídos na montagem de robôs de baixo custo.

Ao todo, são quatro alunos que estão participando do projeto, com faixa etária de 12 anos; dois estão matriculados no 6º ano da educação básica, Luciano Vinícius dos Santos e Arthur Brietzke, e no 7º ano, Luis Gustavo Gozzi e Jamerson Alves Muniz.

Luis Gustavo, orgulhosamente, comenta: “aprendo muito com as aulas de eletrônica e robótica. Em minha casa, consigo montar e desmontar carrinhos e helicópteros de controle remoto”. Seu amigo Luciano acrescenta: “as aulas são muito interessantes! Eu monto e desmonto carrinhos, vídeo games e outros eletrônicos. Devido às aulas, compreendo ainda mais a parte eletrônica desses brinquedos”. Para Jamerson Alves, "as aulas da universidade são estimulantes! Há poucos dias, desmontei um ioiô e peguei o seu led[2] e fiz uma lanterna que liga e desliga. Além disso, aprendi a construir um motorzinho de ventilador”, relata.    

“Estes alunos foram diagnosticados com altas-habilidades no início deste ano por uma equipe de professores do colégio. As aulas estão proporcionando-lhes um crescimento rápido na área de eletrônica e robótica, como observo nos diversos relatos dos alunos, os quais vêm demonstrando grande interesse por leituras e notícias sobre o assunto”, comentou Cristina Favaro.

“As aulas abordam uma versão simplificada do conteúdo ministrado na graduação, principalmente lógica e aritmética binária, programação e funcionamento de sensores e atuadores. Além disso, proporcionam uma visão ampliada de alguns fenômenos físicos e o uso da matemática. Os alunos percebem que as mesmas regras para a base decimal, as quais aprendem na escola podem ser aplicadas nas bases binária e hexadecimal. Os estudantes demonstram entusiasmo quando um sistema funciona corretamente. Desta forma, aprendem quais são os efeitos da eletricidade quando há dimensionamento inadequado ou, até mesmo, um curto circuito, gerando aquecimento dos componentes ou a produção de fumaça. No próximo ano, iniciaremos a construção de um robô simples. Para isto, eles reunirão todos os códigos que fizemos em 2014. Na sequência, participaremos do “Robot Arena”, cuja competição acontece, anualmente, durante a Semana de Engenharia Eletrônica. Além dos acadêmicos do câmpus, o evento conta com a participação de equipes do CEEP (Centro Estadual de Educação Profissional) de Cascavel”, relata o professor Paulo de Tarso.

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