1144x150 %284%29

GERAL

60 mil lâmpadas de mercúrio foram recolhidas pelas fabricantes em Toledo

Atendendo recomendação do Ministério Público, a Abilux e Abilumi retiraram nessa sexta-feira as lâmpadas fluorescentes armazenadas em seis pontos da cidade

24/04/2015 - 17:58


“Um momento histórico para a trajetória ambiental do município”, foi assim que o coordenador do Aterro Sanitário de Toledo, o engenheiro Flávio Augusto Scherer, definiu a ação realizada nessa sexta-feira (24). Cerca de 60 mil lâmpadas fluorescentes que estavam armazenadas no pátio de máquinas da Prefeitura, no Parque Frei Alceu, no Colégio Agrícola Estadual de Toledo, no Colégio Estadual Luiz Augusto Moraes Rego e em duas empresas de materiais elétricos do município foram recolhidas e terão destinação apropriada.

O recolhimento das lâmpadas foi realizado por uma empresa terceirizada de Curitiba, contratada pela Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux) e pela Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação (Abilumi). Essa empresa fará a descontaminação e a destinação final adequada.

O secretário de Meio Ambiente, Leoclides Luiz Roso Bisognin, destacou que essa ação só ocorreu devido a um trabalho em conjunto da Secretaria de Meio Ambiente, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, do Conselho Municipal, do Grupo R-20 (formado pelas 20 macro regiões do Estado do Paraná, que representam 90% da geração de resíduos) e, principalmente pelo empenho do Ministério Público, por meio da Promotoria de Meio Ambiente de Toledo.

“Esse é um momento inédito no Estado do Paraná. As empresas fabricantes e importadoras de materiais elétricos foram obrigadas a fazer a política reversa e recolher o produto que elas mesmas venderam. É uma ação simples, mas que encontrávamos resistência para sua aplicação. Graças ao empenho de todos os envolvidos, principalmente ao promotor de Meio Ambiente, Giovani Ferri, eliminamos esse passivo ambiental do município no momento”, exaltou Bisognin.

Segundo o engenheiro Flávio Scherer esse tipo de lâmpada não pode ser destinada ao aterro sanitário do município devido ao prejuízo ambiental que pode causar. “A lâmpada fluorescente contêm mercúrio, é um metal pesado e a destinação final delas requer um aterro industrial. Então não pode ir pro aterro comum, pois o mercúrio é altamente contaminante, contamina tanto o solo, quanto a água. E o vapor também contamina a questão do ar. O descarte adequado é a descontaminação e, posteriormente, o encaminhamento para um aterro industrial”, explica.

O coordenador do aterro sanitário disse ainda que, da forma como estavam armazenadas representavam um risco bastante elevado ao município. “Os locais de armazenagem já estavam sobrecarregados a tal ponto de não ter um local adequado pra armazenar isso. Eram locais provisórios até que acontecesse a logística reversa dessas lâmpadas. Agora esse passivo ambiental que estava estocado durante vários anos em nosso município foi retirado para que seja dada a destinação adequada dessas lâmpadas”.

Segundo ele, dos vários resíduos dos quais enfrentamos problemas ambientais, as lâmpadas a base de mercúrio são os piores. Apesar do custo envolvido para a descontaminação ser insignificante (de R$0,60 a R$1,20 aproximadamente por lâmpada) ainda existe uma grande resistência por parte dos fabricantes e importadores para realizar a política reversa.

Sem nome %281144 x 250 px%29