Segundo Juliana, o Protocolo de Acidente de Trabalho é baseado no Protocolo do Ministério da Saúde e foi adaptado a realidade da 20ª Regional de Toledo, onde qualquer acidente com material biológico em algum dos 18 Municípios a referência é o Ciscopar. “Nós realizamos o primeiro atendimento e a avaliação. Se o profissional acidentado trouxer consigo o ‘paciente fonte’ (a pessoa que o profissional se acidentou) a equipe faz o teste de HIV nesta pessoa. Se não tiver será mantido contato com os infectologistas ou os médicos do próprio serviço de referência do acidentado para ser prescrito o anti-retoviral”. Juliana ainda explica que após a entrega da medicação é agendada uma consulta com os infectologistas e é necessário que o profissional acidentado faça quatro coletas no tempo de seis meses, onde a primeira coleta é realizada no dia zero; segunda com 45 dias; terceira com 3 meses e a quarta com 6 meses.
Juliana comenta que o número de acidentes com material biológico de conhecimento da equipe do Ciscopar é baixa, porém a enfermeira informou que acontecem muitos acidentes nos hospitais, consultórios, entre outros locais e os profissionais não se preocupam e não procuram o serviço para fazer o acompanhamento. “Nós já realizamos este acompanhamento, porém antes era fragmentado. O Ciscopar fazia a coleta do sangue, mas quem fazia o acompanhamento era o setor epidemiológico de cada Município. No final de dezembro do ano passado a equipe institui o protocolo e encaminhou aos Municípios da 20ª Regional”. Juliana explica que em caso de acidente fora da sede, o profissional deve procurar o Município de origem dele e preencher a ficha de notificação. Na sequência, ele é encaminhado ao Ciscopar para consultar os enfermeiros e as farmacêuticas e, se preciso ele consulta ainda um infectologista.
Plantão
A enfermeira argumenta que os acidentes que acontecerem depois do horário de comércio haverá uma pessoa de plantão sobre aviso. “Durante as 8h de trabalho, o Ciscopar está aberto, fora do horário (feriado, final de semana ou a noite) tem um número de telefone de plantão que funciona, porque idealmente a medicação deve ser tomada até 2h após o acidente”.
Protocolo de Tratamentos das DST's
A enfermeira disse que este protocolo tem como objetivo auxiliar no tratamento das doenças, porque muitos profissionais não tinham o conhecimento que cada DST possui uma medicação específica. Os medicamentos que fazem parte do protocolo foram testados, aprovados e se sabe que tem uma eficiência para eliminar as DST´s. “O paciente chega aqui com os sintomas, o profissional o examina e diagnostica a doença. A partir disto é iniciada o tratamento com uma determinada medicação baseada no protocolo”. Juliana salienta que o Protocolo é baseado no do Ministério da Saúde.
Por Graciela Souza