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SAÚDE

Doação de órgãos supera expectativas no Huop

Se comparado ao mesmo período de 2014, houve um aumento de 74,4% nas doações

02/07/2015 - 17:37


Até o termino do mês de junho a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) registrou a captação de 47 órgãos e tecidos doados por 17 pessoas que foram a óbito devido Morte Encefálica (ME), ou por Parada Cardiorrespiratória (PCR).

Este dado, segundo a coordenadora da Comissão, Elaine Padilha, superou as expectativas já que é superior a todo o ano passado. Se comparado ao mesmo período de 2014, houve um aumento de 74,4% nas doações. Mas, o destaque é que neste ano foi realizada a primeira captação de pulmão no Hospital.

Segundo a coordenadora, o pulmão é um órgão que dificilmente está apto para doação, pois depende de algumas características do potencial doador como: tempo de internação, tempo de ventilação mecânica, presença de infecção, idade; doenças prévias, fatores estes que podem dificultar a doação do órgão.

O diretor clínico do Huop, Sérgio Luiz Bader, considera ainda muito eficiente o trabalho da equipe da CIHDOTT, mas ainda há pouca compreensão por parte dos familiares de doadores. “Existe um potencial muito grande para doadores, e apesar da atuação do CIHDOTT e da divulgação um pouco maior da mídia, muitos familiares não compreendem a importância, sendo ainda um número insuficiente para mais captações”, enfatiza Bader.

Foram sete pacientes com morte encefálica, que doaram no total: dois corações, um coração para valvas cardíacas, quatro fígados, 12 rins, um pâncreas, um pulmão e seis globos oculares/córneas. Também foram dez pacientes com parada cardiorrespiratória que doaram: 19 globos oculares/córneas, totalizando 47 órgãos/tecidos.

A enfermeira Elaine explica que a conscientização tanto dos familiares como dos possíveis doadores é muito importante, “pois quando os pacientes haviam conversado previamente com seus familiares sobre o desejo de ser um doador, a decisão da doação se torna menos difícil de ser tomada pela família”, esclarece, acrescentando ainda que a doação só pode ser feita mediante a autorização escrita de um familiar de primeiro ou segundo grau ou, cônjuge com relação comprovada. 

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