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DESENVOLVIMENTO

Sicredi Oeste deve crescer 20%, neste ano

O cooperativismo de crédito no Brasil é a 6ª força entre as instituições financeiras ficando atrás apenas do Santender, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e o líder do ranking, Banco do Brasil. Esta força se expressa no crescimento continuo da Sicredi Oeste, que nos últimos quatro anos teve crescimento médio de 20% ao ano. O cooperativismo de crédito, além de estimular o desenvolvimento local e regional, anda na contra mão da crise e mantém valores que apontam para outra lógica do desenvolvimento.

07/10/2015 - 23:00


As cooperativas de crédito nasceram para suprir uma deficiência de crédito, mas também para fomentar as economias locais e regionais. O diretor executivo da Sicredi Oeste, Inácio Cattani afirma que mais do que atender a demanda de crédito as cooperativas nasceram com uma missão diferenciada de uma Instituição financeira que visa apenas lucro. “A cooperativa veio de forma humanizada e, principalmente, de forma participativa para que seus sócios possam contribuir e movimentar os recursos, uns aplicando, outros tomando crédito. E aí surgiu o cooperativismo de crédito forte aqui na nossa região”.
A ideia das cooperativas cumprirem um papel de motor da economia humanizada foi defendida também pelo Papa Francisco num encontro, no mês de setembro, com o Banco de Crédito Cooperativo de Roma. “O desafio mais importante é crescer e continuar a ser uma verdadeira cooperativa, é um verdadeiro desafio! Isso significa incentivar a participação ativa dos seus membros. Fazer juntos e fazer pelos outros”, disse o Papa. 
O diretor executivo da Sicredi Oeste conta que a Cooperativa tem caminhado neste sentido. “A cooperativa cresce e se desenvolve, não somente no sentido de atender as necessidades dos associados, mas principalmente com a integração que ela tem com a sua comunidade, o dever que ela tem de estar presente nas ações sociais, das discussões políticas e econômicas. E levando informações econômicas e sociais e a prestação de contas para o associado para que se sinta, cada vez mais, dono desse empreendimento e aí está o sucesso da cooperativa Sicredi Oeste na nossa região”.
Cattani conta que os cooperados têm compreendido que as cooperativas de crédito têm papel diferenciado na sociedade e mudam o seu comportamento. “Temos percebido que, cada vez mais, os nossos associados têm elegido a cooperativa como a sua principal instituição financeira. E nós estamos, cada vez mais, buscando a principalidade do associado para que ele movimente os seus recursos financeiros na Sicredi, porque ele tem vantagens com isso, pois o dinheiro fica aqui, nós utilizamos este recurso em ações, ampliamos nossas unidades de atendimento, nós fizemos campanhas, premiamos associados, assim estamos muito presente, muito próximo do associado. E o recurso fica na comunidade, fica com o associado e na hora certa temos recurso, volume, produto e serviço para atender as necessidades do associado”.
Além da compreensão da natureza das cooperativas de crédito, o valor do associativismo e cooperativismo tem feito a diferença na hora de enfrentar a instabilidade econômica. “A crise passa muito devagar por aqui. As pessoas se reinventam e criam novas oportunidades, mesmo neste momento difícil que a economia está passando. Na nossa região o que percebemos são pessoas, empresários e cooperativas que criam novas alternativas para superar este momento. A gente briga, cada vez mais, para que o recurso, o resultado dos nossos negócios fique na nossa região fomentando o desenvolvimento regional. Esta é nossa riqueza, nós temos um associativismo e cooperativismo muito forte, daí o grande sucesso de passar por este momento delicado da economia sem estar tão perceptível para os empresários e nosso produtor rural”, avaliou Cattani.
Este cenário apresentado pelo diretor executivo da Sicredi Oeste se confirma quando se observar o desempenho econômico da cooperativa. “Temos um crescimento previsto para este ano em torno de 20%, os demais bancos estão crescendo de 3 a 4% este ano. Alguém esta perdendo, nesta conta, e nós com nosso modelo pé no chão, de transparência, relacionamento com o associado muito forte e a integração com a comunidade está atraindo cada vez mais pessoas, fazendo com que os associados façam sua movimentação financeira junto a uma cooperativa”.
O modelo do cooperativismo de crédito tem se consolidado, mesmo ao longo da crise internacional. “A Sicredi Oeste, nos últimos cinco anos cresceu em média 20% ao ano, isto significa que a cada quatro anos e meio a gente dobra de tamanho. Então nesta crise, que começou em 2008, e agora está se agravando, foi justamente neste período, que o Sicredi cresceu, e as pessoas entenderam que juntando suas economia, fortalecendo a economia num sistema cooperativo, elas têm muito mais oportunidades”, analisou Cattani.

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O diretor executivo da Sicredi Oeste avalia que o momento vivido no país é de crise de identidade. “A crise que está aí é muito mais uma crise de identidade. Alguns deveres de casa que deveriam ter sido feitos no passado e não foi feito, agora infelizmente, teremos que pagar esta conta para que possamos voltar a um patamar de crescimento do país, mas nós na nossa região, devido a todo o nosso empreendedorismo, nós vamos passar um pouco distante desta crise. Vamos enfrentá-la sim, já estamos observando um aumento de inadimplência, uma queda no poder de compra, mas nós vamos passar. É um trabalho que não termina no ano que vem, talvez vamos passar uns quatro a cinco anos amargando esta crise de identidade, de vontade política de fazer as reformas necessárias, para que este país maravilhoso cresça e se desenvolva”.

Da redação
 

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