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SAÚDE

Saúde avalia ações que reduziram em 50% a mortalidade infantil em Toledo

Servidores da saúde participam da segunda capacitação da Rede Mãe Paranaense e avaliam as políticas desenvolvidas pelo município

25/11/2015 - 11:44


A Secretaria Municipal de Saúde promove nesta quarta-feira (25), no auditório da Unipar, a segunda capacitação para a Rede Mãe Paranaense. A Rede propõe a organização da atenção materno-infantil nas ações do pré-natal e puerpério e o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças, em especial no seu primeiro ano de vida. O encontro pretende atualizar as orientações sobre a Linha Guia da Rede que sofreu algumas adequações e avaliar os resultados das políticas implantadas até o momento. Os números preliminares apontam que as ações desenvolvidas, pelo município de Toledo, reduziram em 50% a mortalidade infantil. A capacitação tem como parceiros a Secretaria Municipal de Saúde, a 20ª Regional de Saúde e o Ciscopar.

A Secretária de Saúde Denise Campos explica que nesta segunda capacitação a intenção é retomar o protocolo da Rede Mãe Paranaense e promover uma avaliação do trabalho realizado, pelos servidores municipais, até o momento. “Estamos realizando a segunda capacitação, onde estamos vendo a atualização da linha guia da Rede e também, mostrando os resultados que nós obtivemos com a primeira capacitação. Todos os profissionais da saúde terão conhecimento dos os resultados, inclusive da ficha de controle de infecção urinária implantada no município para as gestantes”.

A Rede prevê o acompanhamento no pré-natal, com no mínimo sete consultas, a realização de 17 exames, a classificação de risco das gestantes e das crianças, a garantia de ambulatório especializado para as gestantes e crianças de risco, a garantia do parto por meio de um sistema de vinculação ao hospital conforme o risco gestacional.

Segundo a Secretaria de saúde o município implantou as políticas e hoje mais de 87% das gestantes de Toledo realizam sete ou mais consultas durante a gestação e tem a garantia de todos os exames. Estas ações se refletem nos dados preliminares que apontam que a mortalidade infantil, até outubro, registrou uma taxa de 8,22 para cada mil nascidos vivos, o que representa 14 óbitos infantis, a metade do registro no mesmo período no ano passado. “Acreditamos que podemos chegar entre 8,5 a 9 até o final do ano, mas ainda assim é um índice muito bom, porque está abaixo do que é preconizado pelo estado. A redução da mortalidade infantil para um dígito é muito importante, pois esta é a meta da Organização Mundial de Saúde, então se fecharmos o ano em um dígito é meta cumprida”, explicou a Secretária de Saúde, Denise Campos.

Em 2014, a mortalidade infantil no município teve um índice de 13,5, para cada mil, o que representou 27 óbitos. A secretária explica como o município atuou para reduzir este índice pela metade. “A partir de outubro do ano passado já começamos a fazer parcerias com o Ciscopar para o atendimento das nossas gestantes de alto risco, com o hospital de referência – para a assistência hospitalar – que é o HOESP (Hospital Bom Jesus). O plantão de obstetrícia entrou numa adequação muito grande dentro do Hospital”.

Outra medida adotada pelo município para reduzir a mortalidade infantil foi o controle do índice de infecção urinária, uma das causas da prematuridade. “Implantamos no município uma ficha de controle da infecção urinária, no qual as agentes comunitárias de saúde fazem o controle da medicação e controlam o agendamento das gestantes, para que elas repitam os exames. Além disso, facilitamos o atendimento das gestantes, principalmente as de alto risco. De modo geral, o fluxo da gestante para o Hospital ficou bem definido, então o hospital passou a ser porta aberta para qualquer intercorrência de qualquer gestante”.

O atendimento multidisciplinar das gestantes, também contribuiu para a redução do índice. “Dentro do Ciscopar, as gestantes de alto risco, tiveram o seu acesso facilitado para todos os exames e outros profissionais que elas precisariam passar e este acesso aconteceu dentro de um tempo adequado. Os exames foram extensivos a todas as gestantes e foram centralizados no laboratório da Unipar, além das capacitações promovidas pelo município”, finalizou Denise Campos.

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