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Uber, Netflix e Whatsapp demonstram que é preciso reinvenção do mercado

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30/11/2015 - 18:15
Camila Andrade

Camila Andrade

Curiosa por natureza e jornalista por formação. Sonha em ser cidadã do mundo e vive a lapidar a própria alma. Viciada em música, livros, viagens e café.


Adaptação. Essa é a palavra de ordem quando falamos da evolução humana. Mas mais do que os fatores biológicos, o termo também traduz as escolhas que precisamos fazer diariamente nos dias de hoje. Sim, não saiu e nunca vai sair de moda. 

A capacidade de adaptação foi o que trouxe a humanidade à era da tecnologia. Evoluímos, sem dúvida, mas boa parte de nós parece ter se acomodado... Lendo os noticiários dos últimos dias percebi o desconforto quase que generalizado de diversos segmentos que se sentem ameaçados por essa capacidade incrível que – pasmem – ainda temos.

- Taxistas reclamam de queda nas corridas e denunciam concorrência desleal do Uber
 

- TV paga brasileira reage ao Netflix, taxado de “Uber do Audiovisual” 
 

- WhatsApp é operadora pirata, diz presidente da Vivo

Não podemos negar: a internet chegou e veio pra ficar. Facilita a nossa vida, encurta caminhos e, em tese, está aí pra todos. É completamente compreensível o medo dos empresários já consolidados com seus modelos de negócios, especialmente num momento de “crise”. Mas devemos reconhecer que essa capacidade de adaptação, ou melhor, de criatividade, de inovação, não é privilégio de uma ou duas pessoas. 

De certa forma, todos somos capazes. Lá atrás o Rádio temeu seu fim com a ascensão da TV. Se reinventou e está aí. Se a justificativa for a desvantagem, a concorrência desleal, é importante lembrar que a poucos anos atrás os mesmos taxistas que hoje declaram guerra ao Uber, declaravam guerra a criação de associações e cooperativas de taxis com a mesma justificativa. Adaptaram-se. 

O que quero dizer apenas é que sim, somos capazes de nos reinventar. Ao invés de ver no novo um inimigo, podemos tentar aprender com ele. Não, não sou favorável a meritocracia, mas acredito que nesse momento e dentro desse contexto, a vontade de fazer mais e diferente é que pode fazer toda diferença. 

E se ao invés de ficarmos nos lamentando, levantássemos e arriscássemos novas ideias, novos caminhos, novas soluções?

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