A greve era para reivindicar reajuste de salários pelo o índice de inflação de 10.33% para a categoria, mas não houve adesão esperada pelo Sindicato. Segundo o presidente do Stia-Toledo, João Moacir Lopes Belino, uma nova paralisação pode acontecer a qualquer momento, mas o Sindicato se mantém aberto às novas propostas e caso haja uma melhora em relação à última apresentada pela empresa, admite retomar a negociação. Caso contrário, os trâmites legais é que vão definir o futuro do reajuste que tem como database o mês de novembro. “Nós sempre procuramos o diálogo para negociar com ganho real para o trabalhador e jamais vamos aceitar que a empresa nos imponha reajustes conforme a sua vontade”, explicou o dirigente sindical.
João Moacir respeitou a vontade do trabalhador, que mesmo não cruzando os braços fez com que o movimento fosse considerado positivo devido às circunstâncias que aconteceu. “Nós entendemos porque a adesão foi baixa. Nos últimos dias a pressão foi grande. A empresa usou muitas práticas antissindicais, ameaçou trabalhadores, coagiu e fez com que eles se sentissem acuados. Temos inúmeros depoimentos que já estamos encaminhando para o Ministério Público, pois, enquanto o Sindicato tentou fazer um movimento limpo, a empresa fez ao contrário e não respeitou principalmente o trabalhador”, disse o presidente.
Pressionado nos últimos dias, o presidente Joao Moacir também desabafou quando anunciou a suspensão da greve. “Tem trabalhador que cobra muito do Sindicato, diz que é “pelego”, vendido e faz outras atribuições negativas, mas na hora que ele é chamado para aderir ao movimento ele simplesmente some. Nós fizemos a nossa parte que é brigar por melhores salários e qualidade de vida para o trabalhador, mas parece que ele não entendeu muito bem essa mensagem”, avaliou João Moacir.
Nesta terça-feira, a diretoria do Sindicato da Alimentação de Toledo volta a se reunir para avaliar todos os aspectos da paralisação. Em mais de anos, essa foi primeira vez que a unidade da BRF de Toledo entra em greve. No histórico de negociações, em 12 anos, esta também é a primeira que a empresa tenta impor um reajuste sem ganhos reais para os trabalhadores.
Da assessoria