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SAÚDE

Primeiro ano de funcionamento da UPA aponta qualificação no atendimento de emergências

Para atender a demanda, aproximadamente 170 profissionais, entre médicos, enfermeiros, administrativos, serviço de apoio e laboratório de apoio à disposição da população.

01/02/2016 - 19:47


No último domingo (31) a Unidade de Pronto Atendimento Doutor José Ivo Alves da Rocha, a UPA da Vila Becker, completou seu primeiro ano de funcionamento. Neste período 80.272 foram acolhidas, sendo 60.301 adultos e 19.632 crianças. A principal meta do equipamento é socorrer pessoas em situação de urgência e emergência encaminhadas pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Bombeiros/SIATE e pacientes por procura espontânea.

Para atender a demanda, aproximadamente 170 profissionais, entre médicos, enfermeiros, administrativos, serviço de apoio e laboratório de apoio à disposição da população. Segundo a diretora da UPA, Vânia Gonçalez, os serviços são ininterruptos.“Temos médico pediatra durante 24h. Já na Clinica Geral, das 7h da manhã a meia noite são quatro médicos, dois atendendo consultórios, um na emergência e um no internamento. Após a meia noite, são dois clínicos”. A capacidade é de 250 pacientes/dia.

A infraestrutura e o aparato para situações emergenciais qualifica o trabalho de servidores municipais e supre a necessidade dos usuários. A auxiliar em administração Maiara Blat levou a filha, de dois anos, à UPA com um quadro de infecção urinária.“Fomos muito bem atendidas, fizeram todos os exames pedidos e os resultados não demoraram. Minha filha teve que ficar internada e todos os enfermeiros e técnicos em enfermagem foram super carinhosos e atenciosos”, relatou.

Esta qualificação promovida pela UPA nos serviços de urgência/emergência foi destacada pelo prefeito Beto Lunitti. “Para garantir o funcionamento da UPA tivemos que tomar decisões difíceis, mas temos plena convicção de que elas foram assertivas. A cada dia ela se apresenta mais efetiva dentro do seu propósito de ser um equipamento de saúde pré-hospitalar qualificado”.  Beto ainda disse que o município era carente neste setor. “Tínhamos o Mini Hospital com todas as suas limitações estruturais e sem possibilidades técnicas de se tornar um pronto atendimento adequado às especificações do Ministério da Saúde. Hoje temos este local e a comunidade da Vila Pioneiro ganhou uma Unidade Básica de Saúde, com todos os seus serviços”, completou.

Para a secretária de Saúde, Denise Campos, um dado chama a atenção neste primeiro ano: o de pacientes encaminhados para unidades hospitalares. Foram 4.131 encaminhamentos realizados. “Isso demonstra que a UPA cumpre seu papel que é prestar o atendimento aos pacientes em situação de risco”. Em 2013 e 2014 os números chegaram a 18.352 e 11.940 respectivamente. Denise ainda acrescentou a UPA oferece 16 leitos para administração de medicamentos, para pacientes de pequena permanência (até 12 horas), e 14 leitos para de observação, para permanência maior que 12 horas. Os leitos estão divididos em enfermaria feminina, masculina e pediátrica. Além disso, o local possui raios-X 24 horas e salas de inalação, de aplicação de medicamentos, de eletrocardiograma, de sutura, de emergência, de atendimento de assistência social e de imunização, para vacinas de urgência. “Contamos com uma estrutura totalmente climatizada e salas equipadas para atendimento de emergência”, explicou.

Sobre os atendimentos ambulatoriais

Na Unidade de Pronto Atendimento são acolhidos os casos de urgência e emergência, em um espaço adequado para estes atendimentos. O encaminhamento acontece respeitando a classificação de risco, com base no Protocolo de Manchester. “Por isso em algumas situações as pessoas aguardam por mais tempo. Temos uma sala de emergência com três leitos e em alguns casos até os profissionais dos consultórios precisam dar suporte aos pacientes em situações de risco de morte”, disse a diretora da UPA, Vania Gonçalez.

Ela ainda acrescentou que a UPA é para socorrer e não uma forma da pessoa conseguir uma consulta médica de forma mais rápida. “Tem cidadãos que procuram para tentar acelerar algum exame, ou outras situações e UPA não consegue absorver este tipo demanda”.

A secretária de Saúde, Denise Campos, afirmou que a procura por este tipo de atendimento é grande e chegou a 52.446 consultas no primeiro ano. “As pessoas não têm a cultura da saúde preventiva. A busca pelos procedimentos é muito reativa. A pessoa tem a dor e quer uma solução para aquele momento. Após, ela não investiga a causa deste problema e volta a passar pela mesma situação. Logo ela estará novamente indo até o serviço de urgência e emergência pela mesma situação, engrossando a fila de espera para os casos classificados como verde ou azul”.

Denise afirmou que este problema já está sendo resolvido a partir do encaminhamento destes pacientes a suas unidades básicas de saúde de origem. “Nesta segunda-feira (01), por exemplo, foram 27 usuários referenciados para as UBS’s dos bairros”. A secretária também lembrou que esta procura pela emergência não é somente culpa dos pacientes. “Ela segue um modelo que era adotado até a década de 80 e as mudanças culturais demoram a acontecer. Desde 1994 existe a Estratégia Saúde da Família (ESF), com o atendimento integral ao cidadão, a partir de seu território, mas em Toledo as primeiras cinco equipes só foram implantadas em 2012. Atualmente treze já estão em funcionamento”, explicou.

Na contramão, os atendimentos de pacientes que o Protocolo de Manchester apontou como vermelho (imediato), laranja (até 10 minutos) e amarelo (até uma hora), foram 25.399. “Nos casos de atendimento imediato tivemos 236 pacientes apenas e todos atendidos com excelência”, informou.

Custos operacionais

Segundo informações da Secretaria de Saúde, a UPA tem um custo mensal de aproximadamente R$ 1,1 milhão. Após a habilitação da unidade junto ao Ministério da Saúde (MS), a Prefeitura passou a receber do Governo Federal um repasse mensal de R$ 175 mil para ajudar no custeio de atividades. O primeiro pagamento do MS ocorreu em novembro de 2015. Até então, o município bancava sozinho, por meio de recursos livres, os atendimentos.

 
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