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CAMPANHA DA FRATERNIDADE

Saneamento básico é arma contra o mosquito Aedes aegypti

“Só ganharemos a guerra contra o mosquito Aedes aegypti com saneamento básico”. A afirmativa compõe um manifesto da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) diante da situação de alerta dos organismos nacionais e internacionais de saúde. O alerta se soma ao tema de reflexão da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 – “Casa Comum, nossa responsabilidade”.

08/02/2016 - 13:43


A Abes salienta que o mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus encontra locais para a proliferação que contenham água parada, potável ou não, com pouco material em decomposição e, por isso mesmo, esgotos também devem ser considerados na ação de mobilização. Colocar em prática ações de saneamento nos municípios é considerada a “melhor campanha sanitária contra essas doenças”, segundo afirma o presidente da Abes, Dante Ragazzi Pauli, em nota divulgada pelo portal da associação de engenharia sanitária e ambiental.

O alerta que faz a entidade nacional se soma ao tema de reflexão da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 – “Casa Comum, nossa responsabilidade”, lançado no último dia 3, na Cúria Diocesana de Toledo, pelo bispo diocesano de Toledo, D. João Carlos Seneme, e pelo pastor Lauri Becker, responsável pelo Sínodo Rio Paraná da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).

A reflexão proposta pela Campanha da Fraternidade, com seu início no dia 10 deste mês, Quarta-feira de Cinzas, leva em conta uma série de estudos e análises de especialistas para que a comunidade tome consciência da necessidade do saneamento básico em funcionamento no seu município. Além da proliferação de mosquitos que transmitem doenças, a falta de saneamento adequado levou ao internamento hospitalar de mais de 340 mil pessoas no Brasil por infecções gastrointestinais, segundo dados do próprio Ministério da Saúde (Datasus, 2013).  “Se 100% da população tivesse acesso à coleta de esgotos sanitários haveria uma redução, em termos absolutos, de 74,6 mil internações” (Texto-base CFE 2016).

Na Diocese de Toledo, a coordenação da Campanha buscou os planos municipais de saneamento básico e constatou que a maioria já possui o documento e outras estão em fase de elaboração, conforme legislação federal. Apenas um município não tem o plano para o setor.

“Tivemos acesso aos Planos de Saneamento Básico dos municípios que fazem parte da Diocese de Toledo. Olhamos todos eles. Os planos devem conter tudo aquilo que os governos pretendem fazer para melhorar esse serviço. Durante a Campanha as nossas comunidades vão criar rodas de discussão, justamente para fazer perguntas aos representantes dos municípios e saber o que aconteceu, o que está proposto, o que foi concluído, o que não foi concluído e por quê”, observa o coordenador da CFE na Diocese de Toledo, Pe. André Mendes.

Contudo, as responsabilidades com a Casa Comum, o planeta Terra, também estão baseadas na atitude cidadã. Cada pessoa também tem o dever de cuidar do espaço onde reside, assim como o dever de não jogar lixo na rua, de zelar pelos bens e espaços coletivos, de não desperdiçar água e de cuidar atentamente o meio ambiente para não poluir ainda mais.

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