O Ministério da Saúde (MS) anunciou nesta segunda-feira (23) que vai acompanhar o desenvolvimento de crianças que nasceram sem microcefalia, mas cujas mães foram infectadas pelo vírus Zika durante a gestação. A ideia é monitorar o surgimento de complicações neurológicas, oculares ou auditivas como sequelas tardias possivelmente associadas à infecção das mães pelo Zika.
Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, o monitoramento será feito ao longo dos primeiros anos de vida das crianças que constam no sistema de vigilância da pasta como casos descartados para a microcefalia. “Tudo vai depender de como vai evoluir a pesquisa. A estimativa da pasta é que o acompanhamento seja feito até os cinco anos. Temos especialistas e uma incidência de Zika que nos permite ter uma base de pesquisa e vamos produzir esses resultados”, alegou Barros no primeiro dia da 69ª sessão da Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra (Suíça).
O ministério agora irá definir quais instituições vão oferecer o acompanhamento para identificar se a infecção por Zika, diagnosticada durante a gestação, pode estar relacionada a outras consequências no desenvolvimento da criança. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) vai colaborar com o governo brasileiro na iniciativa.