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VARIEDADES

Alternativas à prótese de silicone, como hidrogel e PMMA podem causar danos irreparáveis ao corpo

Silicone, ácido hialurônico e gordura do próprio paciente são alternativas de preenchimento

26/05/2016 - 13:19


Substâncias como hidrogel e o polimetilmetacrilato (PMMA) têm causado controvérsias em relação a sua aplicação em procedimentos estéticos. Os elementos são usados para pequenos preenchimentos que visam amenizar rugas, corrigir cicatrizes e atenuar diferenças da pele, mas podem causar graves problemas no paciente. Ainda assim, há pessoas que permitem a utilização destas substâncias no processo cirúrgico. Mas será que a busca pela beleza realmente vale o risco?

A licença do hidrogel está vencida desde 2013 e, embora a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) permitisse a aplicação de até 50 ml no paciente, diversos especialistas indicavam uma quantidade de 2 a 3 ml. O cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Tiago André Ribeiro, explicou que o risco do hidrogel é sua permeação no corpo do paciente. “Ele não fica concentrado somente no local aplicado, mas se alastra em músculos, gordura e tendões”. A SBCP não recomenda o uso deste produto em procedimentos estéticos. “Remover o produto é bem delicado e compromete as partes do corpo, como músculos, pele necrosada e gordura”, completa.  

O PMMA também é outra substância utilizada para o preenchimento de determinadas regiões, principalmente a facial, já que altera as maçãs do rosto, queixo, rugas e o contorno da mandíbula. “Independente da quantidade aplicada, a substância pode criar reações inflamatórias crônicas, além de infecções e formação de nódulos. O risco depende da quantidade aplicada”, alerta o doutor. Quando aplicado em grandes volumes, o PMMA também pode se propagar para outras regiões do corpo. “Além disso, se injetado em camadas profundas da pele, a remoção torna-se difícil fazendo com que, muitas vezes, o implante seja definitivo”.

Alternativas

Existem alternativas ao uso do hidrogel ou PMMA para o aumento das coxas e glúteos. As técnicas mais seguras, segundo Tiago Ribeiro, são a aplicação de gordura da própria paciente e as próteses de silicone. “Por ser um material interno, a gordura se incorpora ao local e o único risco é de que o organismo reabsorva a gordura e suspenda o efeito estético da cirurgia. Já o silicone pode ser facilmente removido caso haja infecção ou rejeição por parte do corpo. O silicone também não tem o risco de se espalhar pelo corpo”, esclarece Dr. Tiago.

O ácido hialurônico também é um preenchedor considerado seguro pela SBCP. “O ácido é um elemento natural da pele e que com o tempo é absorvido pelo organismo, mas sem causar danos. Raramente causa alergias, mas caso ocorra, há uma enzima própria para removê-lo chamada hialuronidase”, destaca o cirurgião plástico.

Sobre Tiago Ribeiro

Cirurgião Plástico especialista pelo Hospital Santa Marcelina, de São Paulo, Tiago André Ribeiro é graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). É membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Atende nas cidades de: Toledo e Marechal Cândido Rondon. Mais informações no site: www.clinicatiagoribeiro.com.br.

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