A força de trabalho, o espírito de associativismo, o sentimento de pertencimento e de auxílio ao próximo foram lembrados nesta terça-feira, 28, no salão de eventos Recanto Verde, durante o 30º Encontro de Pioneiros de Toledo. Instituído em lei, o Dia do Pioneiro, é comemorado todo o ano com uma programação especial que reúne os pioneiros os seus descendentes. A data lembra a chegada da primeira caravana de pessoas a Toledo, vindas de São Marcos, no Rio Grande do Sul, depois de 38 dias de viagem. O trecho mais difícil foi justamente o mais próximo. Para vir de Cascavel a Toledo foi necessário abrir a estrada no meio da mata, até chegar às margens do rio Toledo, onde é hoje o Parque dos Pioneiros, e onde se instalaram os primeiros moradores.
“Toledo é o que é hoje graças a participação dos pioneiros, dos primeiros gaúchos e catarinenses que vieram para esta terra, iniciaram o cultivo de grãos e a produção de suínos e frangos, que atraiu grandes empresas como hoje a Sadia”, comentou o prefeito de Toledo, Lucio de Marchi, parabenizando os pioneiros pela data e agradecendo pelo trabalho e o empenho de cada um. Conforme o prefeito, Toledo cresceu em todas as regiões e setores, hoje é um polo universitário, destaque na indústria, na produção agropecuária entre outras áreas graças a coragem de pessoas que decidiram deixar as suas casas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina e vir ocupar esta região há 71 anos atrás. “São determinados e valentes desbravadores que deixaram a sua terra natal para vir colonizar esta terra, dando origem a Toledo de hoje”, reforçou, destacando a importância de manter viva esta memória para que a história destes não se perca no passado.
O vice-prefeito, João Batista Tita Furlan, destacou o espírito de vivência em grupo, de atenção um com o outro, de associativismo entre os pioneiros, que fortaleceu as primeiras famílias e que continua forte em Toledo ainda hoje, seja através das festas do interior, dos projetos comunitários e mesmo de empreendimentos comerciais e industriais, que muito contribuem para o desenvolvimento do município. “Se hoje temos um município forte e desenvolvido, isso deve-se em muito a determinação, a valentia, a coragem e ao espírito de associativismo e de colaboração dos primeiros que chegaram a Toledo” , acrescentou o vice-prefeito.
O coordenador do museu Histórico Willy Barth, Anésio Vitto, relembrou a chegada das primeiras famílias, de 1946 a 1952, representadas no encontro, as dificuldades na abertura de estradas, na construção das suas casas, no plantio dos alimentos para a sua subsistência, na falta de estrutura, incluindo energia elétrica que já tinham de outras regiões do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, de onde vieram. Estas dificuldades, conta ele, não eram vistas como algo penoso, porque o trabalho era feito com amor, com alegria e contava com uma integração, uma união muito forte entre as famílias.
Sem qualquer aviso prévio, as famílias faziam o chamado filo, onde se reuniam e seguiam em direção a casa de outro para uma visita, um encontro. Este espírito permanece durante os encontros dos pioneiros, que serve justamente para rememorar estes momentos positivos e a alegria de se confraternizar com antigos vizinhos e amigos, peregrinos de uma mesma caminhada.
