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SAÚDE

Novo protocolo na UPA e Bom Jesus evita sequelas de pacientes com AVC Isquêmico

O primeiro caso foi atendido na UPA e encaminhado para o Hospital Bom Jesus nesta quinta-feira (06)

07/04/2017 - 18:59


Uma ação rápida das equipes médicas e de saúde da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Toledo e do Hospital Bom Jesus possibilitou o primeiro atendimento de um paciente com suspeita de AVC Isquêmico por meio do novo protocolo implantado no serviço. Com diagnóstico, exame e aplicação do trombolítico (medicação) no Hospital Bom Jesus, tudo dentro da janela máxima de 3 horas.

“O uso dessa medicação na maioria dos casos evita que o paciente tenha sequelas. Um grande trabalho em equipe, entre UPA e Hospital Bom Jesus, com agilidade, garantido o melhor para o paciente. Esse é um tratamento inédito na região Oeste”, exaltou o secretário de Saúde, Thiago Daross Stefanello.

O protocolo

Em uma reunião realizada no dia 14 de março com a equipe do Hospital Bom Jesus, da UPA e da Secretaria de Saúde foi apresentado o protocolo. A médica Daiany Villar da Silva fez a apresentação da proposta. Ela baseou-se em artigos científicos que já apresentavam resultados práticos e testados da metodologia. Para o sucesso da parceria o neurologista do Bom Jesus, Wilson Gomes Júnior, fez a revisão do protocolo e se dispôs a atender diretamente os pacientes encaminhados.

Nesse período os médicos plantonistas da UPA foram capacitados para que assim que um paciente chegasse ao serviço e, tendo os sintomas e o quadro apresentado no protocolo, fosse prontamente acionado o neurologista e encaminhado para o atendimento no hospital.

Sintomas

Para ser enquadrado no protocolo os pacientes vão apresentar um déficit neurológico focal agudo, ou seja, paralisia súbita de um dos membros, alteração de fala, por exemplo, com menos de 4 horas e meia de duração e que alguém tenha visto o início dos sintomas pra dizer o tempo. Esses são indicados para o protocolo de fibrinolise.

Primeiro paciente

Na última quinta-feira (06) o primeiro caso de indicação deu entrada na UPA. Paciente masculino de 60 anos, com hemiplegia (paralisia) súbita há 50 minutos. Ele foi atendido pelo médico Marco Aurélio que prontamente fez a comunicação com neurologista Wilson Gomes do Hospital Bom Jesus. O paciente foi prontamente aceito e após 1h45 já estava recebendo o medicamento trombolítico. Após duas horas ele já conseguia movimentar o membro superior, anteriormente paralisado.

“É uma alegria não só para o paciente, mas pra todos nós. Se conseguíssemos manter esse protocolo como projeto poderíamos ter menos pacientes acamados, já que a morbidade e complicações do AVC são diversas”, exaltou a médica autora do protocolo, Daiany Villar da Silva.

Ela explicou que antes do protocolo os médicos não conseguiam mandar os pacientes com indicação de fibrinolise em tempo hábil para o hospital, pois precisavam do aceite do paciente antes por algum médico, que normalmente era o médico plantonista do pronto socorro. “Antes não tínhamos contato direto com neuro o que atrasava bastante”.           

Resultado

O acidente vascular encefálico normalmente deixa o paciente paralisado em um dos lados do corpo. Por exemplo, mão e perna direita. O paciente pode ficar confuso também e com a boca torta, com dificuldades de fala. Isso acaba, na maioria das vezes, deixando paciente acamado.                       

O paciente acamado deve receber fisioterapia, mas mesmo assim a maioria não reverte não voltando com os movimentos. Esse paciente acamado vai necessitar de acompanhamento 24 horas, já que fica usando fralda, deve ser movimentado a cada 2 horas pra não ter úlceras (feridas).

Segundo a superintende do Bom  Jesus, Nissandra Karsten, 6 a 8 casos por semana de AVC chegam ao hospital. Mas nem sempre as medidas são tomadas a tempo, muitas vezes o paciente demora para procurar o serviço, o que acaba acarretando em todos esses danos.

Já o paciente que foi atendido pelo protocolo foi medicado, está na UTI e passa bem.

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