União, felicidade, amor, companheirismo, respeito. No último sábado (20) foi realizado o casamento civil coletivo, no Centro de Revitalização da Terceira idade na Vila Pioneiro. Trinta casais oficializaram a união perante quase 500 testemunhas.
Casais bem jovens e casais mais maduros, relacionamentos recentes e dos mais antigos, todos de livre e espontânea vontade, como declararam aos juízes Rodrigo Rodrigues Dias e Denise Melo Krueger, disseram em alto e bom tom, sim.
Vestidos a caráter ou não, o sorriso e as mãos trêmulas eram visíveis em todos os pares. A felicidade se fez presente, embora as lágrimas não fugiram da celebração, Celita Maria Riter Jepes, de 20 anos, é a primeira dos seis filhos do seu Jorge André Jepes a se casar. Emocionada ela descreve o casamento como a realização de um sonho. “Faz cinco anos que eu estava esperando por esse casamento, um sonho que agora se fez possível”.
A noiva ainda destacou que tudo só foi possível por conta da iniciativa da Secretaria de Política para Mulheres. “Eu e meu marido não tínhamos condição de bancar um casamento, assim como muita gente. E essa ação da prefeitura ajudou muito a legalizar a nossa situação e a nossa união que já tem cinco anos e dois filhos. Sou muito grata a tudo isso, foi perfeito”, disse.
O pai da noiva estava mais nervoso que a filha, Seu Jorge André Jepes chorava só de olhar a filha e o genro na fila. Aos primeiros passos dela no tapete vermelho, seu Jorge parecia não acreditar, o sorriso não murchou nem por um instante. Nos olhos ele levava um brilho intenso de quem abençoava a união. Nas mãos tinha um celular para eternizar aquele momento em fotos. “É uma oportunidade única em nossas vidas. É isso que todo pai sonha pra seus filhos, e eu agora pude viver isso. A felicidade que eu sinto não sei descrever”, relatou.
O casamento coletivo cidadão existe desde 2005 e é uma idealização da Secretaria de Política para Mulheres com o apoio do Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania (CEJUSCs), Cartório de Registro Civil e secretarias de Comunicação, de Administração, de Assistência Social e Cozinha Social. Com o objetivo de oficializar a união de casais, que na maioria das vezes já vivem juntos e por falta de recurso não se regularizam, é que existe o casamento coletivo. Gratuito para a população com renda até três salários mínimos o programa já oficializou cerca de três mil matrimônios.
De acordo com a secretária de Políticas para as Mulheres, Marisa Cardoso, o casamento possibilita o acesso aos serviços públicos. “Isso representa um passo a mais na conquista dos direitos. A legalização desses casais permite que eles tenham permissão para algumas atividades estando com a documentação em dia”, pontuou Marisa.
Os 30 casais regularizados no sábado pertencem a área de abrangência dos Centro de Referência em Assistência Social V (Santa Clara) e do Cras II (Jardim Europa). Na primeira edição deste ano, 17 casais regularizaram a sua situação matrimonial. Dois outros estão previstos para o dia 27, no Centro Cultural Ondy Niederauer. Divididos em dois grupos, um às 9h e outro às 14h, 48 casais oficializam o seu casamento. O último será no dia 3 de junho, às 9h, no Certi do Jardim Coopagro, reunindo 31 casais.
