Já é comprovado que ninguém aprende por meio da punição, mas sim a partir da educação. No trânsito, então, a motivação do aprendizado é ainda mais essencial. Pensando nisso, foi que Marcos Granzotto criou o aplicativo Bom Motorista (BOMO), lançado na última quinta-feira (08), uma proposta inovadora que recompensa em dinheiro os motoristas que obedecem as leis de trânsito.
Só em Toledo, o BOMO já conta com 40 empresas parceiras e mais de mil usuários cadastrados. “Somos a primeirastartup que compartilha dinheiro com motoristas que não cometem multas de trânsito”, conta Marcos, dizendo ainda que existem algumas que dizem reduzir os índices de trânsito, mas que não devolvem o dinheiro ao motorista. “Este é o nosso diferencial. Temos mecanismos para trackear como os motoristas estão dirigindo quando eles gastam em empresas parceiras. Um percentual do valor gasto é acumulado e poderá ser resgatado para a conta bancária do motorista sem custo algum”, explica Marcos.
O objetivo do aplicativo agora é focar em Toledo e região. Após consolidado aqui, a proposta é abranger o Paraná inteiro e depois o Brasil. “O Paraná possui cinco milhões de motoristas cadastrados. Queremos trazer o máximo de pessoas possíveis para o nosso aplicativo, além de mais empresas parceiras. Para isso, iremos operar com mais investimento aqui na região e só então levar o BOMO estado a fora”.
Internacional
Marcos pontua que no Brasil há cerca de 66 milhões de motoristas habilitados, ou seja, apenas 32% da população. A pretensão é levar o BOMO para fora do país, como por exemplo, os Estados Unidos. “Lá existem cerca de 250 milhões de motoristas cadastrados e não tem nada parecido com o nosso aplicativo ainda”, relata. Ele frisa que nos EUA há muito acidente de trânsito e que já existem aplicativos no formato cashback. “Porém não há nenhum com o proposito de motivar o motorista a não cometer nenhuma infração”, completa.
Histórico
O BOMO surgiu o início de 2016 como um aplicativo no modelo MVP, que significa Produto Mínimo Possível (em inglês), e consiste em montar e executar uma ideia com o mínimo de esforço possível apenas para saber se as pessoas vão querer utilizá-la.
No formato de um website, o BOMO levava as pessoas a se cadastrarem, respeitando as leis de trânsito e, ao não cometerem nenhuma infração, recebiam dinheiro para comprar nas empresas parceiras do aplicativo. ”O dinheiro tem poder para atrair pessoas. Após três meses, vimos que as pessoas iriam querer usar o aplicativo”, conta Marcos.
Texto: Daniel Felício