A busca por tecnologias sustentáveis para a diminuição de custos e impactos gerados pelo uso da energia elétrica está cada vez mais presente tanto no poder público, como no meio privado. Para unir esforços que resultem em melhorias da eficiência energética, a Prefeitura de Toledo articulou um encontro com representantes de dez municípios da região.
Um dos principais objetivos é investir em projetos que proporcionem melhorias na eficiência energética dos prédios públicos e também da iluminação pública como um todo. Uma das metas é substituir a iluminação de 100% dos prédios públicos pela tecnologia de LED até o final de 2018.
Financiamento
Por determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as concessionárias de energia precisam destinar parte de seu faturamento para programas de eficiência energética que beneficiem as pessoas por meio de projetos públicos ou privados de inovação que proporcionem a economia de energia. Nesse sentido, foram apresentadas na reunião algumas formas para obtenção de recursos por intermédio da Copel.
Quando a companhia abre editais com esse fim, geralmente abrangem três áreas de financiamento que interessam a Prefeitura de Toledo. A primeira delas é para a substituição das lâmpadas de todos os prédios públicos pela tecnologia de LED. A estimativa é reduzir a conta de energia em 40% ao mês.
Outra possibilidade, dentro do programa de eficiência energética, é a substituição de toda a iluminação pública pela tecnologia LED. Todas as luminárias de ruas e avenidas receberiam a nova tecnologia. É um investimento de aproximadamente R$ 30 milhões, porém deve gerar uma economia de aproximadamente R$ 6 milhões por ano.
Além disso, também existe a possibilidade de investir em geração de energia elétrica por meio de placas fotovoltaicas.
Recurso não utilizado
Segundo informações do Gerente da Copel – Agência Toledo, Jair Inácio Benke, a companhia disponibilizou aproximadamente R$ 100 milhões em 2016 para projetos de eficiência energética. Destes, aproximadamente R$ 16 milhões foram utilizados.
“Não haviam projetos num montante maior que fossem qualificados. Os projetos dependem de um embasamento bem criterioso, técnico e demandam tempo. Talvez por isso alguns acabam desistindo no meio do caminho”, comentou Jair
Os projetos são a fundo perdido. Caso o município tenha um projeto aprovado, primeiro terá que executar o projeto, depois disso a Copel fará a vistoria para verificar se está tudo de acordo com o proposto, só então haverá o reembolso dos valores.
Jair reforçou a importância dos municípios investirem em projetos de sustentabilidade, de buscarem as parcerias e assessorias adequadas para acessar esses recursos, pois o ganho é para toda a sociedade.
Fórum permanente
Com base na necessidade das prefeituras se unirem em prol de objetivos comuns, foi proposto um fórum permanente de inovação em gestão pública e medidas de enfrentamento à crise.
Uma comissão composta por cinco secretários de governo de municípios diferentes foi composta com o objetivo de formatar uma proposta para a realização da primeira etapa do fórum já no mês de setembro. O ciclo vai iniciar por Toledo e depois seguirá para os 18 municípios da região. O Fórum permanente irá envolver os poderes executivos e legislativos. Entre as funções deverá auxiliar a propor convênios, elaborar projetos e atuar de forma coletiva na cobrança de entes federados para a resolução dos problemas das cidades da região.
Como o edital da Copel deve abrir em meados do mês de agosto, será estudada a possibilidade de parceria entre os municípios para a elaboração de projetos para melhoria da eficiência energética.
