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ECONOMIA

De Heus pode produzir 50 mil toneladas/ano de rações

A unidade em Toledo é uma fábrica dedicada – nos moldes holandeses – e que já produz a linha de Rações Premium Romelko, isenta de adição de antibióticos

17/08/2017 - 14:37


De olho no potencial de crescimento do mercado brasileiro, a De Heus chega a Toledo com sua fábrica dedicada focada nas rações pré-iniciais e iniciais para aves e suínos. A menina dos olhos da empresa holandesa é a linha Romelko que promete maior rendimento e conta com a tecnologia isenta de adição de antibióticos. A promessa é que a cada quilo grama ganho na creche, outros três serão adicionados na fase terminal. A De Heus é uma empresa centenária e familiar e investiu cerca de R$ 25 milhões na planta da fábrica em Toledo.

As tratativas para a vinda da De Heus a Toledo iniciaram em 2015, quando o município doou à empresa uma área de 24 mil metros quadrados, ao lado de uma antiga indústria que já tinha sido adquirida pela empresa. Na época, a decisão do município em apoiar a instalação da empresa e o cenário econômico, produtivo e logístico de Toledo foram determinantes para a efetivação da instalação, inaugurada nesta semana.

A empresa se apresentou ao setor produtivo de Toledo e região com a promessa de uma relação duradoura e de resultados. Propôs um modelo de negócio que prima pela relação entre empreendedores. “Queremos chegar na propriedade, entender o que acontece lá, porque eles, assim como nós, são empreendedores e queremos ajudá-los a tirar o melhor do seu rebanho”, discursou o CEO Global da Empresa, Koen De Heus.

A Fábrica Dedicada de Toledo recebeu investimento de 25 milhões de reais e tem capacidade de até 50 mil toneladas/ano de rações iniciais para suínos, em dois turnos. Um volume com potencial para alimentar oito milhões e meio de leitões por ano – plantel equivalente à produção média de 280 mil matrizes alojadas.

Na Unidade está sendo produzida a nova linha de Rações Premium Romelko para leitões e promete potencializar a saúde intestinal dos animais e seus resultados de crescimento.   “A grande diferença é que quebramos alguns paradigmas, a expectativa é de que na fase de creche consigamos um resultado entre 800gr a 2kg a mais e isso tem um impacto muito grande na terminação, porque a cada quilo que o leitão adquire a mais na creche ela multiplica por três na terminação. É um fator exponencial de resultado para os produtores, além de ter uma uniformidade maior e uma maior conversão alimentar. Nossa expectativa é contribuir para este diferencial e uma maior rentabilidade para os produtores”, prometeu O diretor-presidente da empresa, Hermanus Wigman.

Wigman disse que a Unidade Industrial de Toledo foi instalada com os cinco pilares do Grupo Royal De Heus: qualidade, desempenho, envolvimento, melhoria continua e empreendedorismo. Ele afirma que a nova unidade de fabricação é estratégica para o crescimento da empresa, porque traz um novo paradigma quanto a padrões de qualidade e de segurança sanitária em rações pré-iniciais para suínos e aves. “Trata-se de uma evolução tecnológica para a nutrição animal, pois é uma evolução na eficiência nutricional dos sistemas produtivos, uma evolução no perfil de saúde e bem-estar dos animais, uma evolução na competitividade de nossos clientes e na rentabilidade das cadeias produtivas de aves e suínos”, destacou.

Segundo a De Heus, o sistema Romelko foi testado em 25 mil leitões ao longo de dois anos, mais de mil leitões em Centros Experimentais (baias de três leitões), acompanhados até o abate. E quinze mil leitões foram testados com a formulação da Romelko. A De Heus promete adequar o produto as necessidades dos produtores, para isso a empresa propõe a experiência com o sistema que prevê cinco etapas: apresentação do sistema, levantamento de dados, avaliação das necessidades, aplicação do sistema, resultado e discussão.

A expectativa do Grupo De Heus é que o Brasil restrinja o uso de antibióticos nas rações. “Estamos trazendo para o Brasil uma tecnologia que permitiu a Holanda não usar antibiótico, esta é uma tendência e no Brasil, no futuro também devemos reduzir o uso. Estamos nos adiantando para que junto com o produtor possamos evoluir neste sentido. Essa tecnologia atende às exigências do mercado europeu por rações sem adição de antibióticos, o que proporciona produtos de absoluta segurança sanitária, alinhados aos conceitos de alimentação animal, com maior valor nutricional e uso racional de aditivos”, defendeu Wigman.

O potencial do mercado brasileiro atraiu os investidores holandeses. Há cinco anos no Brasil a De Heus triplicou suas operações. Fatores como a possibilidade de integração lavoura-pecuária que resulta em um aumento de produtividade com menor recurso e a disponibilidade de recursos hídricos, são apontados como potencial de crescimento, desde que associados, a tecnologias que visam maior rendimento. “O Brasil é um mercado realmente muito importante para a De Heus, por vários aspectos. O mercado brasileiro está entre um dos primeiros do mundo, em potencial de crescimento, e a De Heus quer naturalmente se aproveitar disso e ocupar uma fatia deste mercado, cada vez maior, investindo no potencial de crescimento do país”, defendeu Koen De Heus.

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