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ESPORTES

Atletas e técnica da GR retornam de temporada na Europa

Depois da temporada na Europa,  atletas se preparam para os campeonatos Sul-Americano e Pan-Americano

12/09/2017 - 14:31


Depois de um mês na Europa, incluindo a participação de duas importantes competições e um treinamento de 15 dias em Sófia, na Bulgária, com a seleção daquele país, as atletas Marine Vieira e Karine Walter, da equipe de rendimento da Sadia, integrantes da seleção brasileira de Ginástica Rítmica, tiveram uma semana de folga em Toledo.

Marine, 18 anos, que faz parte do conjunto, aproveitou o recesso para rever a família e amigos, enquanto Karine, 15 anos, da seleção individual, além do contato com os familiares e amigos também retomou às aulas depois de quase dois meses longe dos bancos escolares e aproveitou para atualizar a documentação para as próximas viagens. A folga, no entanto, é curta em função dos próximos compromissos. As duas atletas tem pela frente os campeonatos Sul-Americano e Pan-Americano. Karine tem ainda, além destes dois compromissos, o Campeonato Brasileiro e a fase nacional dos Jogos Escolares da Juventude. 

“Considerando o pouco período de treinos, tivemos um bom resultado. Foram apenas dois meses de treino no conjunto”, comentou Marine, que retornou nesta segunda-feira, 11, para Aracaju, onde treina o conjunto brasileiro de GR. As competições em Kazan, na Rússia, e em Pesaro, na Itália, foram as primeiras neste ciclo olímpico, com a equipe renovada. Entre as ginastas estão três atletas que participaram das olimpíadas do Rio de Janeiro e três estreantes, entre elas Marine. 

A ginasta segue uma rotina diária de treinos, que começa bem cedo. Às 7h30min as atletas seguem par ao ginásio, onde iniciam os treinos, que se estendem até o meio dia, e prosseguem à tarde, das 14h30min às 18h30min. No intervalo do almoço e no final da tarde são realizadas duas sessões de fisioterapia.  “O tempo é curto, mas a gente tenta conciliar todas as atividades, incluindo também estudos e lazer”, justifica a atleta. 

A competição da Itália foi seu primeiro Campeonato Mundial, assim como a oportunidade de treinar ao lado de grandes atletas, como a seleção búlgara. “O nível de competição é muito elevado e a torcida é muito grande. É muito bom poder competir ao lado de grandes ginastas mundiais e pudemos aprender muito com isso tudo”, relatou. 

Aprendizado 

 “Foi uma experiência incrível, de muito aprendizado. Foi uma honra poder treinar ao lado das melhores ginastas, de realizar parte do sonho de todo o atleta, que é treinar e competir ao lado de suas inspirações”, resumiu a ginasta Karine Walter. Segundo ela, representar o seu país aumentou ainda mais a sua responsabilidade, mas ela fez o que se propôs, de mostrar o seu melhor. Com apenas 15 anos de idade, no seu primeiro ano na categoria adulto e na estreia em mundiais, coube a atleta abrir a competição. “Ser a primeira pesou bastante. Foi uma responsabilidade muito grande”, avaliou Karine, que sempre procurou manter a confiança. “Todas que estavam competindo eram atletas muito boas. Se eu estava entre elas é porque também tenho potencial. Se elas chegaram lá, eu também posso, é só treinar muito”, argumentou. 

A postura da ginasta em relação às orientações recebidas, o cuidado com alimentação, a disciplina e a responsabilidade e o interesse e a dedicação aos treinos foram notadas e elogiadas pelos técnicos que acompanharam a atleta, segundo avaliou sua técnica da Sadia, Gracieli Morais, que acompanhou a ginasta nos treinos e competições. “Ela foi vista e destacada com uma atleta brasileira com excelente potencial”, observou Gracieli, satisfeita com a participação da atleta, considerando o pouco período de treinos. “Tivemos menos de dois meses de treino antes da competição. É muito pouco tempo de preparação para um Mundial como este”, observou ela, ressaltando que o aprendizado foi muito positivo. 

“É claro que ela teve erros em algumas séries, a responsabilidade da estreia no Mundial, abrindo a competição pesou,  mas na última série, que ela conseguiu fazer o que se propôs, teve uma nota muito boa. Agora é continuar treinando muito para representar bem o Brasil, porque temos ginastas muito talentosas e é necessário trabalhar bastante para se manter no topo”, comentou Gracieli, citando ainda que a presidente da CBG,  Luciene Resende, fez elogios ao desempenho da ginasta.  

Para a técnica, o aprendizado não foi somente para a ginasta, que teve que sair da sua zona de conforto, disputando competições internacionais, e não apenas estaduais e nacionais, como estava habituada. Ela disse que como técnica recebeu diversas orientações, que serão usadas não somente com relação a Karine como as demais atletas que fazem parte da equipe da Sadia. “Foi maravilhoso ver como as demais técnicas e atletas internacionais trabalham. Aprendi muito com as búlgaras, com as orientações que a técnica búlgara deu para a Karine. Trabalhamos no período e vamos continuar trabalhando agora para melhorar o desempenho da atleta. Em uma competição não tem muita diferença. É entrar no tapete e fazer o melhor. Mas o que você aprende durante os treinos é muito maior, o que e como trabalhar, o que a atleta precisa buscar para crescer. Isso é infinitamente mais rico”, enfatizou.  

O projeto de GR de Toledo é patrocinado pela Sadia, conta com as parceiras do Sesi, prefeitura de Toledo e  com o co–patrocínio de O Boticário e Sanepar, através de recursos obtidos pela da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte/Governo Federal. 

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