Anualmente, no dia 16 de Outubro é celebrado o Dia Mundial da Alimentação. O foco da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) deste ano é “Mude o Futuro. Investir na segurança alimentar e no Desenvolvimento Rural”. Os dados mostram que 75% das pessoas que vivem com insegurança alimentar dependem da agricultura e da subsistência baseada em recursos naturais. Ainda segundo a FAO, os pequenos agricultores são os que mais enfrentam dificuldade para acessar ferramentas que incentivem a melhora da produtividade.
O tema envolve a valorização dos alimentos in natura, que vêm da agricultura familiar, a biodiversidade e os alimentos de produção local. “É preciso diminuir a relação entre o produtor e o consumidor. É o que se chama de rede curta de comercialização, quando eu passo a ter uma relação de amizade e aproximação com que produz o alimento. Isso gera respeito e valorização do pequeno agricultor”, explica a nutricionista mestre em Desenvolvimento Rural Sustentável, Jaciara Reis.
Em pesquisa realizada recentemente pela Fiocruz, duas cidades do Oeste paraense estão entre as mais expostas a agrotóxicos no Estado. Cascavel é a com maior índice e Toledo é a terceira, ficando atrás de Ponta Grossa, na região central do Paraná. “É neste cenário que entra as questões de agroecologia e o consumo de alimentos orgânicos. As pessoas precisam acordar para o fato do uso de agrotóxicos está ligado a diversas doenças, como o câncer, e até com doenças autoimunes, como o autismo e a hiperatividade”, fomenta Jaciara.
Em Toledo, a Feira de Produtos Orgânicos é realizada na área interna da Unioeste às terças-feiras pela manhã e às quintas-feiras no fim da tarde.