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CIÊNCIA

Tecpar tem experiência de mais de 70 anos na produção de biológicos

A produção do Tecpar, desde o início, atende a demandas governamentais nas esferas municipal, estadual e federal.

22/11/2017 - 13:56


O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), uma instituição de ciência e tecnologia referência na área da saúde, atua desde a sua fundação na produção de medicamentos biológicos, vacinas e kits de diagnóstico para uso animal e humano. A produção do Tecpar, desde o início, atende a demandas governamentais nas esferas municipal, estadual e federal.

O instituto foi criado pelo Governo do Estado do Paraná em 1940, com o intuito de apoiar o desenvolvimento tecnológico do Estado e para atender a demandas de saúde humana e animal. Desde então, atuou em projetos específicos, para o controle de determinadas doenças, e hoje atua em projetos de longo prazo, dentro da política do Complexo Econômico Industrial da Saúde, do Ministério da Saúde.

Um dos principais imunobiológicos produzidos pelo Tecpar é a vacina antirrábica animal, cujo fornecimento ao Ministério da Saúde se dá a mais de 40 anos – nas décadas de 1980 e 1990 o instituto chegou a fornecer 60% da vacina antirrábica de uso humana usada em campanhas de imunizações, mas hoje se dedica à vacina veterinária.

Desde o início do fornecimento, o Tecpar atualiza frequentemente seu processo produtivo. Atualmente, o Tecpar utiliza, para a vacina antirrábica, o método de perfusão, que amplia a capacidade de produção da vacina. A combinação desse método com outras tecnologias deu origem ao processo cujo pedido de patente foi depositado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) – “Processo compacto de produção de vacina antirrábica veterinária utilizando células BHK-21, vírus PV e método de perfusão”.

Brucelose e tuberculose bovina

Ainda na área animal, o Tecpar produz desde 1981 reativos para diagnóstico de brucelose e tuberculose bovina, atendendo a demanda do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Bovina (PNCEBT). Tanto a brucelose quanto a tuberculose são zoonoses, o que significa que elas podem ser transmitidas pelos animais ao ser humano. Além de impactar na saúde pública, as doenças causam prejuízos econômicos à agropecuária brasileira, principalmente em relação à produção de carne e leite.

O laboratório produz cinco kits diferentes para diagnóstico de tuberculose, compostos por Tuberculina PPD bovina e Tuberculina PPD aviária, além de kits para diagnóstico de brucelose, de antígeno acidificado tamponado, para prova lenta em tubo e para prova do anel do leite (ring test).

Ainda na área agropecuária, o Tecpar possui destaque no controle da peste suína no Paraná, na década de 1950, quando produzia a vacina para controle da doença com a “Vacina contra Peste Suína Clássica em Cristal Violeta”.

Na década de 1960, o então Instituto de Biologia e Pesquisas Tecnológicas (IBPT) tinha uma gama ampla de produtos veterinários. Entre os medicamentos químicos estavam Aflogistina, Arecina, Arrenal, Atropina, Cacodilato de sódio, Cafeína, Sulfaguanidina, Gliconato de cálcio a 20%, Stricnina, Linimento salicilado, Novocaina, Óleo de fígado de bacalhau A, Óleo de fígado de bacalhau B, Óleo canforado, Pomada de sulfanilamida, Sudoril, Sulfanilamida a 5%, Uroina 40% e Ferro leitões.

Entre os biológicos estavam vacina contra batedeira, bouba aviária, carbúnculo hemático, garrotilho e outras infecções piogênicas.

Vampiricida

Outro produto usado para o combate da raiva animal, produzido na década de 1980, foi o vampiricida “Tec vampicid pasta 1%”. A raiva nos bovinos é geralmente transmitida pela mordedura de morcegos hematófagos, que atuam como portadores, reservatórios e transmissores do vírus da raiva. No Brasil, a espécie mais importante é a Desmodus rotundus. Para controlar a raiva entre os bovinos, o Tecpar produziu o vampiricida para controle na população de morcegos no Paraná.

Anestésico odontológico

Também na década de 1980, o Tecpar produziu, sob demanda do Ministério da Saúde, os anestésicos odontológicos lidocaína 2% e prilocaína 3%, ambas distribuídas para a rede pública de saúde.

Vacina Tríplice

Na década de 1990, o Tecpar produziu também a pedido do Ministério da Saúde, a Vacina Tríplice Bacteriana. Por decisão da pasta, todo o projeto foi elaborado e implantado no Tecpar para o fornecimento à rede pública de saúda da Vacina DTP, para Difteria, Tétano e Coqueluche.

Referência na saúde

Foi a expertise do Tecpar com esses e outros produtos que levou o instituto a ser o escolhido como laboratório fornecedor de medicamentos biológicos dentro da política do Complexo Econômico Industrial da Saúde.

No programa, o Tecpar já tem projetos para fornecer seis medicamentos biológicos estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS), até então importados: Trastuzumabe, Infliximabe, Rituximabe, Adalimumabe, Bevacizumabe e Etarnecepte. Os medicamentos são usados no tratamento de diversos tipos de câncer e para artrite reumatoide, constituindo a plataforma tecnológica de produtos monoclonais do Tecpar.

Atualmente, o Tecpar aguarda os resultados no Ministério da Saúde de sete novas propostas de PDP com o objetivo de fornecer novos produtos para o SUS, em resposta à Portaria 704/17. Dos sete projetos, quatro são de biológicos e três de medicamentos sintéticos. A resposta deve ser dada pelo Ministério da Saúde em dezembro deste ano.

ICT 4.0

Em consonância com a nova etapa da indústria, em setembro deste ano o Tecpar passou a adotar o slogan "Tecpar ICT 4.0". Desde então, o instituto se posiciona no mercado com o conceito de ICT 4.0, na qual as instituições científicas e tecnológicas, como são definidos institutos como o Tecpar, entram em sua Quarta Revolução.

Uma ICT 4.0 é uma instituição que aproveita a eliminação dos limites entre os mundos digital e físico para alterar a sua cadeia de valor. Como instituição científica e tecnológica, o Tecpar passa a convergir entre os mundos digital e físico para criar produtos e serviços inteligentes.

Além da área da saúde, na qual o Tecpar já é referência, o instituto oferece ainda serviços e soluções tecnológicas ao mercado, nas áreas de Saúde, Meio Ambiente, Energia, Tecnologia de Materiais, Agronegócio, Certificação e inspeção, Assessoria em Negócios e Medições e Validação.

Na área de Empreendedorismo Tecnológico e Inovador, o Tecpar conta com duas unidades da Incubadora Tecnológica de Curitiba (Intec), com a qual dá apoio a empresas nascentes inovadoras em Curitiba e em Jacarezinho, no Norte Pioneiro. Na área de Educação, com a plataforma de Educação a Distância, o Tecpar oferta cursos de capacitação profissional e tecnológica ao mercado privado e aos servidores públicos paranaenses, com o Capacita Paraná EaD. O Tecpar Educação conta com uma plataforma presencial e a distância e funciona ainda como a Universidade Corporativa da empresa.

Campi

O Tecpar está localizado em sete campi por todo o Paraná, em cidades nas quais atua por décadas. Na Cidade Industrial de Curitiba está a sede da empresa e o Parque Tecnológico da Saúde, onde estão localizados os laboratórios voltados a soluções tecnológicas, uma das unidades da Incubadora Tecnológica do Tecpar (Intec) e as áreas de educação e certificação do instituto. Ainda na capital, o Tecpar está presente no campus Juvevê, onde ficam os laboratórios de produção de kits diagnósticos e do controle de qualidade. Na Grande Curitiba, o instituto tem um campus em Araucária, que também integra o Parque Tecnológico da Saúde.

O Tecpar tem dois parques, o Parque Tecnológico da Saúde, no campus CIC e em Araucária, e o Parque Tecnológico do Norte Pioneiro, em Jacarezinho. Ainda no interior, o Tecpar está presente em Ponta Grossa, com o Laboratório de Produção de Medicamentos da Universidade Estadual de Ponta Grossa (LaPMed), onde será realizada a produção de medicamentos sintéticos. Já em Maringá, onde o Tecpar está instalado há mais de 30 anos, o instituto tem dois campi: o Laboratório de Análises Físico-Químicas e o Parque Biotecnológico da Saúde, onde serão produzidos os novos medicamentos biológicos, do Complexo Econômico Industrial da Saúde.

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