Casa de not%c3%adcias 1144x150

TECNOLOGIA

Biopark dá mais um passo rumo ao desenvolvimento científico e tecnológico

O Parque amplia os parceiros e ruma à implantação do Polo de Desenvolvimento de Nutracêuticos e Alimentos Funcionais

23/11/2017 - 12:04


Nesta quarta-feira (22), o Parque Científico e Tecnológico de Biociências do Paraná deu mais um importante passo do Projeto que deve gerar mais de 30 mil empregos no longo prazo, promover a inovação tecnológica, desenvolvimento de produtos e industrial, e assim proporcionando maior qualidade de vida.  Foram assinadas cartas de intenções entre o Biopark e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura – FAO; Universidade Tecnológica Federal do Paraná e Município de Toledo. A primeira deu a largada para a implantação do Polo de Desenvolvimento de Nutracêuticos e Alimentos Funcionais, um mercado que deve faturar, este ano, R$ U$ 33,6 bilhões.

A Universidade Federal do Paraná – UFPR foi a primeira a desembarcar no Parque e já em fevereiro de 2018, inaugura seu campus no local, onde inicialmente recebe o curso de medicina. Com os outros três atos assinados, na tarde de quarta-feira, o Biopark recebe a Universidade Tecnológica do Paraná, o Polo de Nutracêuticos e Alimentos Funcionais e a Incubadora de Tecnologia de Informação.

Polo de Nutracêuticos e Alimentos Funcionais

O objetivo do Polo é aproveitar o potencial agroalimentar da região e sua biodiversidade e ocupar uma fatia do mercado de nutracêuticos e alimentos funcionais que cresce gradativamente e, neste ano, ter uma taxa de crescimento médio superior a 7%, atingindo cerca de R$ U$ 33,6 bilhões.

Nutracêuticos são alimentos ou partes de alimentos que proporcionam benefícios médicos e de saúde, além da prevenção e de servirem até como parte do tratamento de doenças. Estes produtos podem abranger desde os nutrientes isolados, suplementos dietéticos na forma de cápsulas e dietas, até os produtos beneficamente projetados, produtos herbais e alimentos processados, como cereais e bebidas.

Já os alimentos funcionais exploram os benefícios à saúde pelo o valor nutritivo presente na sua composição química, podendo desempenhar um papel potencialmente benéfico na redução do risco de doenças crônicas degenerativas. Este conceito considera os componentes naturais, onde componentes químicos podem ser modificados, excluídos ou acrescentados.

O idealizador do Biopark, Dr. Luiz Donaduzzi disse a região é predominantemente agrícola e que esta área demanda de tecnologias. É preciso desenvolver tecnologias de aprimoramento de cuidados e vigilância da produção. “Outro aspecto que nos interessa é a longevidade com qualidade de vida. E o protocolo que assinamos hoje com a FAO e os parceiros prevê isso. Os Nutracêuticos são alimentos, mas que tem o efeito terapêutico e estes produtos vamos desenvolvê-los”.

Donaduzzi falou sobre a aplicação destes produtos na melhora da qualidade de vida. “Hoje é possível estamos envelhecendo mais, mas queremos isso com qualidade de vida, e este é um trabalho que vamos desenvolver junto com  a FAO e nossos parceiros”.

O representante da FAO, Dr. Alan Bojanic destacou o bom desenvolvimento agropecuário, qualidade dos recursos humanos e educação. “Estou surpreso pelas perspectivas que esta região tem e que terá diante do esforço feito pela iniciativa privada e compromissos assumidos pelos parceiros e esta região terá um dos maiores desenvolvimentos do país. Toledo já é uma referência nos sistemas alimentares, mas vai virar também uma referência em inovação tecnológica. Nós (FAO) queremos fortalecer o sistema agroalimentar, pois achamos que esta perspectiva pode contribuir com a concentração dos alimentos com sustentabilidade. Pois precisamos pensar na sustentabilidade do planeta e para isso precisamos mudar as práticas e também a maneira de pensar em termos de consumo e produção”.

Conhecimento e Pesquisa

A primeira Universidade a se instalar no Parque foi a Universidade Federal do Paraná – UFPR, com o protocolo assinado no mesmo evento, o Biopark doa a Universidade Tecnológica Federal do Paraná uma área

O Dr. Luiz Donaduzzi destacou que atrair Universidades de alto nível para dentro do Biopark está em consonância com os objetivos do Parque. “O Biopark nasceu com o foco em excelência e temos a sorte de trazer os primeiros stakeholders de alto nível. O primeiro foi a UFPR com o curso de medicina. Estamos construindo o prédio e os alunos já terão aula no início de fevereiro (2018). E agora a parceria com a UTFPR”. Para ilustrar o alto nível da Universidade e Institutos parceiros Donaduzzi revelou o trabalho do professor Fujiato, vinculado a UTFPR, que faz impressões em 3D para órgãos e próteses que posteriormente são aplicadas aos pacientes pelos médicos.

Indústria

O presidente do Biopark, Luiz Donaduzzi antecipou o investimento no Parque por uma Indústria da Escandinávia de U$ 200 milhões, no longo prazo. “Eles querem energia elétrica livre de CO2, então temos que pensar em energia Eólica. Eles querem biogás e não gás natural. E o biogás está espalhado nas propriedades da Região. A Itaipu está trabalhando conosco para que possamos ter uma Usina de Biogás. A Indústria vem com estes conceitos novos que mudam nossa maneira de pensar”.

 

Incubadora

O Biopark e a Prefeitura de Toledo assinaram um Termo de Referência para a Implantação da Incubadora de Tecnologia da Informação.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Paulo Almeida conta que várias empresas já manifestaram interesse em fazer parceria com o município para o desenvolvimento de seus projetos da área de tecnologia de informação. “A ideia é justamente oferecer no município um amparo para que essas empresas que desenvolvem projetos, nas mais diversas áreas tecnológicas, possam se instalar. A intenção é conseguir situar em um ambiente propício para o desenvolvimento tecnológico, empresas deste cunho”, destacou.

O prefeito Lucio de Marchi destacou os avanços que Toledo irá alcançar com a implementação do Biopark e utilizou a instalação das universidades federais para exemplificar a relevância da obra. “Toledo tem uma vocação natural para o agronegócio, mas também estamos partindo para ser a capital da tecnologia”.

Donaduzzi enfatizou a importância da incubadoras. “Temos que pensar nas pequenas empresas, pois elas são os embriões das grandes empresas do amanhã. Queremos no Biopark os empreendedores de excelência de alto nível, porque o país precisa melhorar e é esta a nossa proposta”, finalizou o presidente do Biopark.

 

Biopark

O Biopark foi lançado em setembro de 2016 e tem investimento previsto de R$ 500 milhões, em uma área de quatro milhões de metros quadrados. O BIOPARK será o maior complexo do Paraná e o primeiro voltado para área de Biociências. Contará também com hospitais, incubadoras, indústrias, áreas comerciais e de serviços, startups, espaços residenciais e esportivos.

 

Sem nome %281144 x 250 px%29