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COOPERATIVISMO

Sicredi cresce mais de 20%, em 2017

Em 2018 o Sistema vai espraiar o cooperativismo de  crédito em todo o território nacional

07/12/2017 - 01:01


Em 2017, o Sicredi andou na contramão da crise, superou metas e registrou crescimento de mais de 20% entre ativos e depósitos. No número de associados deve fechar o ano com um crescimento superior a 9%. A Cooperativa superou expectativas, espraiou-se pelo Brasil e para o próximo ano deve inaugurar só em São Paulo, mais de 50 agências. Os resultados foram apresentados pelo presidente nacional do Sistema Sicredi e da Central PR/SP/RJ, Manfred Alfonso Dasenbrock, em coletiva à imprensa, nesta quarta-feira (6), em Toledo.

O presidente da Sicredi Progresso PR/SP, Cirio Kunzler apresentou dados do relacionamento da Cooperativa como, por exemplo, o União Faz a Vida, ISAE – formação de conselheiros, coordenadores de núcleos, educação financeira e prêmio IMPAR. “Nosso planejamento estratégico é feito a quatro mãos e está alinhado com os ideias do cooperativismo e o resultado é esse. Estamos crescendo, modernizando, sem perder nossas raízes”.

O presidente nacional do Sistema Sicredi, Manfred Alfonso Dasenbrock enfatizou o valor do relacionamento para a Cooperativa e o impacto dela na comunidade. “A Cooperativa Financeira agrega renda à comunidade, pois deixa o seu resultado no município, e ainda, traz soluções financeiras”.

O Sicredi tem agências em 21 estados e para 2018 promete ampliar a presença nacional. “Nos próximos anos devemos estar presentes em todos os estados da nação. E cada uma com atuação Regional, uma característica importante para nós, pois este é o jeito do Sicredi, porque acreditamos que assim estamos construindo valores e ampliando o relacionamento com as comunidades”, aposta Dasenbrock.

Resultados

Os números comprovam o diferencial da Cooperativa de Crédito. Enquanto o Brasil se movimenta lentamente para reagir a crise, o Sicredi deu passos largos. Cooperativas com patrimônio robusto, consolidado e reservas estruturadas revelam que o cooperativismo é o caminho. “O Sicredi não teve sequelas em relação a crise, mas evidente que tem impactos. E isso nos exige trabalhar mais, acordar mais cedo e dormir mais tarde”, avaliou o presidente do Sistema Sicredi.

Trabalho extra que valeu a pena. Neste ano, o Sicredi deve superar o crescimento do mercado, e também, do que foi planejado. “Este ano nós tivemos um crescimento superior a 20% nos ativos e depósitos, e no quadro social devemos chegar a um crescimento entre 9 e 10%. Para 2018 estamos planejando, novamente, um crescimento superior ao mercado, exatamente para atender a demanda de crédito e também oferecer outras soluções e serviços”.

Os créditos do crescimento estão na natureza do cooperativismo e suas escolhas. “Investimos muito em profissionalização dos nossos executivos, das nossas equipes de trabalho, para que nos ajudem a levar o Sicredi para direção indicada pelo nosso planejamento estratégico. Investimos em pessoas, em infraestrutura, tecnologia e na melhoria de condições de trabalho. E também nas soluções financeiras que disponibilizamos aos nossos associados”.

O crescimento do Sicredi também se sustenta na relação da Cooperativa com associados e comunidade em geral. “Quando falamos em sustentabilidade dizemos que ela tem a ver com o econômico, com o social e o ambiental e hoje tem um novo pilar que é a ética. Se você não tiver ética você deixa de cumprir algo que a sociedade brasileira está precisando. E é no nosso cotidiano que construímos esta relação de confiança nas reuniões de discussões com as lideranças, ou seja, nesse relacionamento direto no cotidiano”.

Espraiando o cooperativismo

De olho nas possibilidades o Sicredi planeja ocupar todo o território nacional. Neste ano, o estado que representa 30% do PIB do país foi um dos alvos. “Quando olhamos o estado de São Paulo temos que ler que ele é um estado relevante, pois representa boa parte do PIB brasileiro. São mais de 600 municípios e nós do Sicredi já estamos presentes em mais de 150. E a cada semana nós temos novas inaugurações”, comemora Dasenbrock.

Em 2018, São Paulo deve receber 50 novas agências do Sicredi, destas duas ou três da Sicredi Progresso PR/SP. “A nossa presença é para atender pessoas físicas, pequenas e médias empresas que são o nosso foco. Não será um relacionamento com grandes empresas por conta do nível de risco”.

São Paulo não é o único a receber a Cooperativa, o objetivo no próximo ano é marcar presença em todos os estados brasileiros.

Crise no retrovisor

Manfred Alfonso Dasenbrock aposta que a crise já ficou para trás e já dá sinais de superação. “Nós estamos otimistas! Visualizamos uma redução da taxa de juros e uma inflação em declínio e sob controle. Este é o principal item que sempre chama atenção, pois a inflação alta favorece pequenos setores e distância mais o pequeno do grande. Ela aumenta a concentração de renda e a pobreza”.

Dasenbrock explica que a inflação alta é maléfica para a economia. “Quando existe inflação alta é como ferrugem. É um ácido que corrói a economia por isso o esforço é muito grande para controlar a inflação. Quando a inflação está sob controle à economia cresce”, avalia.

Para além dos aspectos macroeconômicos o presidente do Sistema Sicredi considera os fatores políticos. “No próximo ano haverá muitas promessas e novos arranjos, isso pode, em algum momento, desestabilizar devido às especulações, em especial, nos aspectos ligados ao câmbio, mas isso deve ser algo passageiro. Especuladores apostam nisso e querem ganhar com isso e nós precisamos ficar muito atentos para compreender que é uma travessia que o Brasil precisa passar. Não encontraremos todas as soluções no curto prazo, mas sabemos que existe todo um movimento ligado à ética que vai influenciar muito em todos os setores”.

Marco Regulatório

Recentemente a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei Complementar (PLP) 100/2011, que permite que as cooperativas de crédito possam captar depósitos de prefeituras e de outros entes públicos municipais.

O PLP 100/2011 possibilita que milhares de municípios brasileiros sejam alavancados por meio das cooperativas de crédito, que poderão gerir as disponibilidades de caixa de entes públicos municipais, ou seja, administrar os recursos não carimbados de prefeituras, como a folha de pagamentos de servidores públicos e recursos arrecadados de IPTU, IPVA e ISS, dentre outros.

O presidente nacional do Sistema Sicredi, Manfred Alfonso Dasenbrock aponta a aprovação do PLP como uma importante vitória do cooperativismo. “Estamos presentes em 276 cidades que só tem Sicredi, nestas pequenas cidades a maior empresa é a prefeitura. Enquanto as prefeituras não puderem operar com as cooperativas, os seus servidores precisam se deslocar para outras cidades para receberem a folha de pagamento. Com a aprovação do PLP estes recursos poderão ficar na própria cidade. No Brasil são 546 cidades que só têm cooperativas de crédito”.

O projeto foi aprovado na Câmara, mas segue para o Senado  e posteriormente para a sanção presidencial e posteriormente para a sua regulamentação.

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