No livro: A cultura importa – os valores que definem o progresso humano os organizadores Harrison e Huntington reúnem diversos estudos sobre como as experiências culturais moldam o desenvolvimento civilizatório, seus caminhos políticos, econômicos e sociais.
Sociedades que experimentam a diversidade cultural tendem a ser bem mais bem-sucedidas em todas as áreas. Para se entender a importância da cultura basta dar uma olhada nos dados que fazem parte da plataforma PIB da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas (Ecic), do Observatório Itaú Cultural, lançada neste ano.
Após um ano e meio de desenvolvimento e participação de pesquisadores brasileiros e internacionais, foram definidas metodologias inéditas que conseguiram calcular uma movimentação de R$ 230,14 bilhões na Cultura e Economia Criativa do Brasil. Sozinho, esse segmento agrega 130 mil empresas e emprega 7,4 milhões de trabalhadores, o que equivale a 7% do total dos trabalhadores da economia brasileira. Só no ano passado, a cultura e a economia criativa geraram 308,7 mil novos postos de trabalho no país, mesmo na crise que pegou em cheio o setor.
Enquanto a economia nacional avançou 55% entre os anos de 2012 e 2020, o PIB da economia da cultura e das indústrias criativas cresceu 78%.
“Isso comprova um fato que é usado mundialmente quando se fala em políticas para a cultura e indústrias criativas: esses são setores anticíclicos de crise e pró-cíclicos de crescimento. São setores que crescem mais que o restante da economia. Isso implica em melhores salários e adesão de maior produtividade ao sistema”, destaca Leandro Valiati, professor e pesquisador da University of Manchester, no Reino Unido, e da UFRGS. Foi ele quem liderou o grupo de pesquisadores neste estudo – em entrevista ao jornalista Joel Cavalcanti.
Investir em cultura significa também gerar oportunidade de trabalho com melhores salários e maior formalidade. A remuneração média dos trabalhadores da economia criativa é de R$ 4.180 – 49% maior que a remuneração média da economia brasileira (R$ 2.808).
Não foi possível mensurar os dados locais, mas o entendimento de que a cultura faz parte dos valores que definem o progresso humano está presente nas diversas ações culturais da Secretaria de Cultura de Toledo. Há grande produção cultural e diversa, o que faz as sociedades serem mais bem-sucedidas. Investimentos na Biblioteca Municipal, colocando-a lado a lado, das Bibliotecas dos grandes centros, o mesmo pode ser dizer do cuidado com todos os demais espaços culturais.
Estes investimentos impactam diretamente e indiretamente o desenvolvimento econômico do município, seja do fomento das ações culturais, quanto os serviços que envolvem terceiros, prestadores de serviços, como também redes de Hotéis, restaurantes e bares.
As políticas nacionais de fomento à Cultura têm alcançado o município de Toledo, entre elas a Lei Paulo Gustavo que, neste ano, vai injetar no município de Toledo mais de R$1,3 milhão e agora a Secretaria de Cultura de Toledo firmou mais um Termo de Adesão, desta vez com a Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), que injetará mais R$ 1.104.067,90, na economia local.
A Secretária de Cultura, Rosselane Giordani explica que o Termo de Adesão foi norteado pelo Plano de Ação desenvolvido na Pasta, que irá moldar os editais a serem lançados. “O Plano de Ação prevê bolsa mobilidade para artista, bolsa para aperfeiçoamento profissional e técnico, produção de eventos, realização de atividades artísticas e culturais e premiações por trajetórias”.
Os artistas, grupos e coletivos que atuam com arte e cultura em Toledo, com ou sem Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), poderão participar do edital que será publicado em 2024. “Por 05 anos (2023-2027) todos os municípios e estados receberão recursos e aporte financeiro para executar atividades culturais, realizar aquisições de bens para a manutenção das atividades desenvolvidas nos equipamentos públicos de Cultura, qualificar os artistas com ações formativas, entre outras atividades”, disse a secretária de Cultura de Toledo, Rosselane Giordani.