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GERAL

O governo precisa ser útil à sociedade com um custo menor, diz Sperotto

A pesada carga tributária, sentida no bolso de cada brasileiro que, em média, trabalha quatro meses ao ano só para pagar impostos foi pauta do debate das últimas eleições. A razão é simples: a carga tributária representa 37% do nosso Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, 37% de todas as riquezas produzidas no país. Fim da campanha eleitoral! E agora, teremos a reforma tributária prometida?

08/11/2010 - 16:40


A carga tributária no Brasil é equivalente a de países desenvolvidos como a Alemanha 36,4% e da Espanha 33%. Mas a informação, ainda mais expressiva, vem do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea que no ano passado apresentou um estudo sobre a Receita Pública, onde mostra que a carga tributária é um grande concentrador de renda.

De acordo com o relatório do Ipea para quem tem renda mensal familiar até dois salários mínimos , destina 53,9% desta renda para pagar impostos, ou seja 197 dias de trabalho, enquanto quem ganha mais de 30 salários  destina 29% para os tributos, ou 106 dias de trabalho.

A excessiva carga tributária torna as empresas brasileiras pouco competitivas, tornando a relação comercial desigual.

Apesar de a carga tributária representar 37% de todas as riquezas produzidas no país e gerar uma receita de R$ 1,3 trilhão, o gasto público é ainda maior, estimado em R$ 1,4 trilhão para 2010. Só o governo Federal deve gastar R$ 800 bilhões, os estados R$ 400 bilhões e os municípios R$ 200 bilhões.

Esta realidade levou a Federação das Indústrias do Paraná – Fiep lançar uma mobilização pela reforma tributária. A Campanha chamada “Sombra do Imposto” vai distribuir 1,2 milhão de cartilhas sobre os impostos em todo o Estado, realizar palestras nas regionais da Fiep e construir uma grande rede nacional pela reforma tributária.

A Casa de Notícias recebeu na tarde desta segunda-feira (8), o coordenador da Fiep regional Toledo, Augusto Sperotto, que falou da campanha, da carga tributária, gasto público e da expectativa de que os deputados federais eleitos comprometam-se de fato, com a reforma tributária.

Sperotto diz que o governo precisa ser útil para sociedade com um custo menor. “Houve uma melhora, mas é muito lenta, muito lenta”.

Acompanhe a entrevista em vídeo.

 

Texto e reportagem Selma Becker

Imagens Graciela Souza

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