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SAÚDE

Atendimento em neurocirurgia pode ser resolvido na próxima semana, diz Promotor

O atendimento em neurocirurgia foi pauta de mais uma reunião nesta terça-feira (8), na sede das Promotorias.  O objetivo era dar continuidade nas negociações que buscam uma solução para o impasse do credenciamento do serviço de neurocirurgia na 20ª Regional de Saúde. Atendendo pedido do Ministério Público sentaram-se a mesa a direção do Hoesp (Hospital Bom Jesus) e representantes dos Planos de Saúde Privados Unimed e Sadia. Ambos sinalizaram a possibilidade de financiar os equipamentos necessários para o Hospital atender em complexidade nível três.

08/11/2011 - 18:11


No dia 24 de setembro, em reunião na Promotoria o neurocirurgião Carlos Rocha Júnior apresentou um projeto básico de viabilidade do serviço em Toledo, que requeria um investimento em equipamentos de cerca de R$ 500 mil (podendo ser menor o investimento se fosse viável o aproveitamento de equipamentos existentes no Hospital Bom Jesus) e uma equipe de dois neurologistas clínicos, dois neurocirurgiões, um médico supervisor e dois enfermeiros. A equipe tinha um custo mês de R$ 60 mil, para atendimento 24h, sete dias da semana.

De lá para cá foram realizadas diversas reuniões, entre elas, no dia 29 de setembro com os prefeitos do Ciscopar, que aprovaram um aditivo financeiro de R$ 20 mil, além do valor que os municípios já contribuem, totalizando R$ 121 mil.

Segundo o promotor público, José Roberto Moreira houve avanços, em especial na questão da estrutura. “Foi feita uma avaliação nos equipamentos que o Hospital já dispõe e o investimento a ser feito é de pouco mais de R$ 95 mil”.

A reunião realizada nesta terça-feira foi considerada positiva pelo promotor. “Os representantes dos planos da Sadia e da Unimed sinalizaram a possibilidade de financiar estes equipamentos em forma de adiantamento e o Hospital pagaria em forma de serviços prestados”.

Cabe ao Hospital Bom Jesus a contratação da equipe médica para prestar os serviços, e segundo Moreira, isso já deve estar acontecendo. “Michele disse que a equipe não será problema para restabelecer os serviços e que ela e os médicos já estão verificando a aquisição dos equipamentos”.

Uma nova reunião deve acontecer no dia 18 de novembro para que os planos de saúde privada confirmem ou não o financiamento dos equipamentos.

Depois da estrutura e corpo clinico, mais uma etapa deverá ser cumprida, garantir o credenciamento do Hospital em complexidade, nível três. “O estado já se comprometeu em efetivar o credenciamento. Há uma regra que define o credenciamento para regiões com mais de 500 mil habitantes, não é o nosso caso, mas a realidade mostrou que isso precisa ser superado, há uma demanda muito grande e precisa ser atendida. A agilidade do credenciamento depende de uma avaliação técnica, mas principalmente de vontade política e isto é responsabilidade dos agentes políticos”.

Moreira lembrou que o Hospital Bom Jesus conveniou com o Estado o HOSPSUS que garante um repasse mês de R$ 170 mil/mês e que uma das condições do convênio é restabelecer o serviço de neurologia.

Em relação a proposta da Câmara de Vereadores de fazer repasse financeiro ao Hospital Moreira disse que não é possível. “O que é possível é o município adquirir o equipamento, ceder em comodato com regras claras. E no futuro este equipamento ser devolvido para o município, no caso para o Hospital Regional. O Ministério Público sempre orientou neste sentido. A primeira proposta feita para que o estado viabilizasse o equipamento era nesta forma: comodato. Hoje a melhor proposta é esta que discutimos com os planos de Saúde que devem dar uma resposta definitiva na próxima semana”.

Por Selma Becker

 

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