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Em Toledo não existe a indústria da multa, é o comportamento do condutor na via que gera as notificações, afirma Crespão

A maioria dos acidentes nas cidades é motivada por alta velocidade, por falta de atenção e pela utilização de celular enquanto se dirige. Há casos ainda em que o condutor combina bebida alcoólica e direção. O excesso de velocidade é considerado pela Secretaria de Segurança e Trânsito de Toledo como um dos principais fatores dos acidentes de trânsito. Os limites das vias são projetados para serem respeitados completamente. A imprudência já tirou a vida de 13 pessoas nas vias de Toledo no período de janeiro a julho deste ano. O departamento de trânsito da Secretaria de Segurança e Trânsito do Município notificou 3.728 condutores nos sete primeiros meses de 2012.

21/08/2012 - 16:05


O secretário disse que notificação não é multa. Ele explica que o proprietário do veículo recebe em sua residência a informação de que em um determinado dia ou horário foi flagrado cometendo uma infração de trânsito. “A partir disso, o motorista tem um prazo para apresentar o condutor e elaborar o recurso. O condutor pode recorrer em até três instâncias para depois a notificação virar multa”. Ao ser questionado sobre o índice de notificações que se torna multa Crespão relata que não possui o dado estatístico.
Das 3.728 notificações, 3.502 são registros dos radares fixos e 226 nos estáticos neste ano. Em 2011, o departamento realizou 5.809 notificações: 2.589 em radares fixos e 3.220 em radar estático. Observa-se que só nos sete primeiros meses deste ano houve um aumento de aproximadamente mil notificações em radares fixos em relação ao total dos dozes meses em 2011. Crespão sugere que este aumento se deve a instalação do novo radar fixo na avenida Parigot de Souza. “Isto mostra que os condutores estão mais atentos aos locais em que há a sinalização de radar. Além que, equipamento está cumprindo com a sua finalidade que é diminuir a velocidade naquele ponto da via”.
Em 2010, os radares fixos e móveis totalizaram 10.232 notificações, os quais 6.605 são em locais fixos e 3.627 os estáticos. O secretário de Segurança e Trânsito, João Crespão, justifica o valor elevado de notificações em 2010 ao início do funcionamento dos radares na cidade e o trabalho de fiscalização intenso realizado pelos agentes de trânsito.
Se comparar o total de notificações de 2010 (10.232) com o do ano passado (5.809) há uma diminuição de aproximadamente 60% na quantidade de notificações. Crespão disse que isto aconteceu devido o condutor estar um pouco mais consciente e diminuir a velocidade naquele local. No entanto, ele lamenta que quando os agentes atuam com o radar móvel percebem que ainda há excesso no limite de velocidade.
Fábrica de multas
Muitas pessoas comentam que o Município de Toledo é uma fábrica de multas, sobre isso, Crespão explifica a ação realizada pelos agentes de trânsito – na área educativa – durante duas horas, sendo uma hora na avenida Maripá e outra na avenida Cirne Lima. Neste período 98 condutores transitaram a uma velocidade acima de 60 km/h mais a tolerância de 7 km/h, ou seja, os motoristas estavam a uma velocidade maior que 67 km/h. “Em Toledo não existe a indústria da multa, é o comportamento do condutor na via que gera as notificações. O que existe é que alguns condutores de veículos desrespeitam a sinalização, avançam o sinal vermelho, dirigem falando ao celular, não utilizam o cinto de segurança, entre outros fatores”.
Crespão acrescenta que o agente de trânsito não notifica porque quer, ele notifica porque a função dele é seguir o que está no Código de Trânsito. “O mal comportamento de alguns condutores é que gera as notificações e, consequentemente, as multas”.
Fiscalização
O secretário esclarece que os agentes de trânsito realizam a fiscalização, principalmente, em vias de 60 km/h; nos locais em que os condutores excedem a velocidade; que há reclamações realizadas por usuários das vias ou em pontos que mais acontecem acidentes de trânsito.
No entanto, em 2012, o radar móvel apresentou problemas de funcionamento e, por isso, não houve notificações nos meses de fevereiro, maio, junho e julho. Crespão relata que neste mês, os agentes vão fazer fiscalizações com este radar. “O radar é semelhante há um equipamento de precisão. Sempre que ele apresenta algum tipo de problema é encaminhado para o fabricante para manutenção. Isto leva um tempo de dois a três meses”.
Ele salienta que quando o equipamento retorna, o Departamento de Trânsito deve verificar se há está funcionando de forma precisa.

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