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LDO (part 2) 1

A 27ª Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de Toledo, que aconteceu na última segunda-feira (22) concretizou a aprovação da Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO), que vai reger os investimentos que o poder executivo deverá orquestrar no ano que vêm. Tentando uma manobra de ultima hora para adiar a aprovação, quase que inevitável, o Vereador Paulo dos Santos tentou pedir vistas do projeto de lei. Pedido causou discussão entre os Vereadores e deu oportunidade do petista criticar o projeto de lei. Porém, além do seu colega de partido, Adriano Reimonti, somente o peemidebista Leuclides Bisognin foram solidários com o seu pedido. Então, o pedido de vistas foi rejeitado, e a votação encaminhada.

23/08/2012 - 12:13


LDO (part 2) 2
Portanto, o segundo turno da votação da Lei nº 81/ 2012, que estabelece metas e prioridades da administração pública para o exercício de 2013 foi votado e aprovado por nove votos a dois. Os contrários foram Paulo dos Santos e Adriano Reimonti. E segue o barco.

Casa de repouso
O Vereador Ademar Dorfschmidt , do PMDB, indicou ao executivo, que esse comece a se preocupar com a comodidade das pessoas que vêm para a cidade em busca de tratamento médico. "Nós temos que nos preocupar com as pessoas que vêm para Toledo se tratar aqui. Pessoas de Marechal Rondon, pessoas de Assis Chateubriand, pessoas Guaíra. Nós temos que providenciar algum lugar para eles ficarem e receberem o tratamento. Logo será construído o Hospital Regional e essa demanda vai ser ainda mais urgente", explicou. O petista Paulo dos Santos parabenizou o peemidebista pela proposta e elogiou: "é um debate importante que vêm atender os interesses das pessoas que vem se tratar aqui. Uma questão humanitária". Mas logo depois, aproveitou o espaço e fez a sua crítica. Paulo observou que não basta se preocupar com o bem-estar da acomodação das pessoas que vêm à Toledo atrás de tratamento. É necessário também dar apoio aos pacientes que se deslocam até outras cidades para tratamento médico. Chama a ambulância.

Ponto de Ônibus
E aqui entra um personagem que chama a atenção por sua APARENTE calma. Nunca que Renato Reimann, do PP, iria imaginar que uma indicação sua iria exaltar tanto os ânimos da casa. Ele indicou ao poder executivo para que se instale pontos de ônibus com cobertura, em locais estratégicos no Distrito de Vila Nova. Porém, o singelo pedido do pacato Vereador foi o estopim para que os outros vereadores discutissem o problema da falta de pontos de ônibus adequados na cidade. O primeiro a pegar carona na indicação de Reimann foi Ademar Dorfschmidt, do PMDB. Segundo ele, os Vereadores cansam de fazer indicações da mesma natureza ao executivo e nunca os pontos de ônibus são construídos em algumas localidades.

Não pare na pista
O próximo que foi na tribuna, de carona da indicação de Reimann, foi outro vereador do PMDB, Leoclides Bisognin. "Orçamento de R$ 287 milhões! E a gente discutindo um mísero ponto de ônibus? Insignificância? Insignificância para quem tem carro, para quem tem carro de luxo, para quem não precisa de ônibus. Para pobre, para aquele que precisa do dia-a-dia, sair de casa, se abrigar da chuva e do sol, não é insignificante", exclamou em alto volume Bisognin. "É uma vergonha que em um município de 120 mil habitantes com um orçamento de R$ 287 milhões, nós estejamos discutindo a instalação de ponto de ônibus!", continuou o Vereador, usando o mesmo volume na voz. "Se nos estivéssemos discutindo o orçamento de outros municípios, que as vezes não tem dinheiro pAra nada, tudo bem. Mas em Toledo tem dinheiro pAra tudo. Menos para tirar um usuário do transporte público do relento", vociferou.

A culpa é do…
Aí foi a vez do Vereador Rogério Massing, do PSDB. Ele lembrou que, apesar dos esforços dos vereadores e da prefeitura para localizar as demandas, a população poderia usar "orçamento do povo" para fazer pedidos como esse. "Eu queria ver se as populações dos bairros, na relação de pedidos, colocou ponto de ônibus com cobertura. Eu não estou dizendo que não é obrigação do município, o que eu estou dizendo, é que as vezes, as pessoas que cobram de nós para que sejam colocados os pontos de ônibus, esquecem de participar do "orçamento do povo". E foi além: "Eu tenho uma luta com a comunidade de Bom Princípio, que os carros passam a mais de 100 km/h na rua principal. Eu falei para comunidade colocar no pedido dentro do "orçamento do povo" para que fosse pedido um redutor de velocidade. Não, eles preferiram pedir que fosse construída uma quadra de esportes coberta com o dinheiro. O que eu quero diz er é que até a própria comunidade, abre mão das coisas pequenas para conquistar uma coisa bem maior". Declaração prato-cheio para ver o circo pegar fogo.

Aumenta o volume
E aí foi Paulo dos Santos e botou fogo no debate. "Quase R$ 300 milhões no orçamento do município e a prefeitura disponibiliza cerca de R$ 2 milhões para o "orçamento do povo". E diz que agora a comunidade vai poder escolher democraticamente onde fazer os investimentos? R$ 2 milhões para a comunidade, o outros mais de 280 milhões ficam pra eles (prefeitura) decidiram onde vão aplicar". 

Diminui o tom
A discussão já era tanta, que o pacato Renato Reimann (PP) foi à tribuna pedir para que os ânimos se acalmassem. Nessa altura, Paulo dos Santos e o outro pepista, Luís Fritzen já trocavam suas habituais farpas, cada um de um lado da mesa. Nem mais o protocolo era respeitado, quando os pedidos de "pela ordem" são feitos. "Se essa indicação fosse tão polêmica não teria nem apresentado", disse o pacífico Reimann.

Mas isso é tão importante assim?
A fala de Reimann, pedindo calma aos colegas poderia SER o fim da discussão. Mas aí entra em cena João Martins, do PDT. "Veja bem, quantos minutos os Vereadores estão discutindo ponto de ônibus, em um distrito do município de Toledo. Eu tenho certeza que alguns empresários que aqui estão, já estão agoniados. Das pessoas usarem esse microfone, em busca de votos. Vocês me perdoem, mas acho que não é momento, de fazer grandes discussões como essa, por uma simples cobertura de dois pontos de ônibus". Ademar Dorfschmidt contra-atacou em seu encaminhamento de voto: "Me desculpe, mas o empresário que não pensa no transporte com conforto para o seu trabalhador, eu acredito que ele não deve nem aqui estar", ponderou. João Martins, cansado do alto volume das discussões, arrematou: "Nenhum momento eu disse que não tem necessidade de ponto de ônibus em Vila Nova. O que eu disse, é que não tem necessidade vir vereador aqui e ficar gritando no meu pé de ouvido na forma como eu ouvi aqui".

E que quem não tem carro que se molhe
E a discussão não terminava para a agonia do Vereador João Martins. O próximo a falar foi Luis Fritzen, do PP. Aí foi lá na tribuna e falou. Falou mesmo. "Veja como a campanha eleitoral está esquentando. Vocês ouviram muito bem. Aquele cidadão que tem carro, que tem um portão eletrônico, não precisa de ponto de ônibus. Vamos colocar ponto de ônibus com cobertura, na garagem de todas as casas? Pelo amor de Deus!". Como disse o Vereador: Por Deus! … … E depois de tanta discussão a indicação de Reimann foi aprovada por unanimidade.

É prata
Aí começa os requerimentos. E requerimentos na nossa Câmara sempre é motivo para longas discussões. O primeiro requerimento apresentado foi, veja só, do pacifico Vereador Renato Reimann, do PP. Em seu teor, o requerimento visa dar "votos de aplausos" as escolas melhores colocadas na nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, Ideb. Toledo atingiu, como noticiado semana passada, o segundo lugar no Índice entre as cidades com mais de 100 mil habitantes no Paraná.

Toca o hino
Como disse o Vereador Leuclides Bisognin, do PMDB, o assunto "foi o que deu mais Ibope, na semana passada", no Brasil, no oeste e no sul do mundo. Rogério Massing, PSDB, defendeu que os nobres da Casa comemorassem, assim como a Fiel torcida fez na libertadores passada. "Quando é o nosso time de futebol campeão, nós saímos comemorando, estouramos foguete e vibramos até com caminhão de bombeiros". Vereadores da base e prefeitura comemoram. SaIU na TV e tudo. Mas é difícil imaginar se os professores que ganham R$ 1.154,32 como salário inicial, podem e querem comemorar tanto assim.

E o salário…
Por falar em Ideb, como publicamos matéria sobre o tema semana passada, as melhores escolas na modalidade vão ganhar um prêmio dado pelo município. Os funcionários da melhor escola colocada, ganharam um 14º salário a ser pago depois do 13º, no final do ano. Para as duas segundas colocadas (ouve um empate entre duas escolas no segundo posto), os funcionários ganham um bônus de 80%, calculado a partir dos seus respectivos provimentos, a ser pago depois do 13º salário. Para as terceiras colocadas, nada. Para quarta, também nada. E advinha o que ganha quem tem a quinta melhor nota? Nada. Bisognin disse: "Nós temos em Toledo, praticamente as mesmas escolas que avançam, que avançam, que avançam…". Ao vencedor as batatas.

E o salário… 2
Bisognin (PMDB) também lembrou de um outro embate, quando a prefeitura tentou aprovar em sessão extraordinária, o plano de cargos e salários para professores. Daquela vez, não tinha alarde. Precisou de torcida, ou melhor, dos professores entrarem em ação, lotando as arquibancadas, quero dizer, a platéia, para que houvesse jogo, quero dizer, discussão do projeto. Outro peemidebista, Ademar Dorfshmidt, disse: "Nós não podemos deixar de falar sim, que em um passado não muito distante, tentaram podar tudo que é de direito dos professores deste município. E nós fizemos diversas reuniões, nós nos humilhamos para conseguir alguma coisa a mais, do que queriam dar aos professores. Então hoje, o voto de aplauso deve ser feito aos professores e funcionários de todas as escolas. O mérito é todo deles, e não é mérito da administração de Toledo", completou Dorfshmidt.

Aplausos
Enfim, o requerimento de Reimann intitulado: "manifestação de Votos de Aplausos e congratulações às instituições de ensino toledanas, melhores colocadas do Ideb", apoiado pelo pepista Fritzen como "uma vitória da educação do município de Toledo" e criticado por outros, como o petista, Paulo dos Santos, que disse que já viu "escolas que alagam quando chove". No final, os vereadores do PT não assinaram, por "não concordarem com a integra do requerimento". Mas no final o requerimento de Reimann, acabou aprovado.

A união faz a força
Mas o próximo requerimento, do vereador do PT, Paulo dos Santos, que pedia informações relativas ao consumo de água do município. "Quero saber sim, quanto que gasta o poder executivo, de água, por exemplo, nos chafarizes da cidade. Não tenho direito de saber isso?". Fritzen, como praxe a quase todas as solicitações de informações de Paulo dos Santos, defendeu que não há necessidade deste tipo de pedido. O ponto mais interessante foi a votação. Cinco votos a favor [Paulo dos Santos (PT), Adriano Reimonti (PT), Ademar Dorfshmidt (PMDB), Leuclides Bisognin (PMDB), João Martins (PDT)], cinco contras [Luis Fritzen (PP), Eudes Dallagnol (PP), Renato Raimann (PP), Rogério Massing (PSDB), Expedito Ferreira (PSDB)]. Com o empate coube ao presidente da Casa, Adelar Pelanka Hosbach dar o seu voto de minerva. Voto favorável e, o requerimento foi aprovado. A união faz a força.

Por Maurício de Olinda

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