Sociedade Rural

Sociedade Rural 2
Ao perceber que o seu discurso não comoveu Paulo a mudar de ideia, Bombardelli disse que o petista terá problemas para se reeleger este ano. Ele agradeceu o apoio de todos os outros dez vereadores, que com um sorriso meio amarelo cumprimentaram Bombardelli. Paulo dos Santos, impassível, disse que não tem medo de cara feia e de ameaças, e que vai prosseguir em busca de apurar como está sendo feito a parceria entre Sociedade Rural e Prefeitura. No espaço, é organizado leilões de boi de corte e outros animais. Além da Expo Toledo, que é o principal evento de exposição de animais da cidade, e que deverá acontecer entre os dias 10 e 14 de outubro, no Centro de Eventos Ismael Sperafico.

Casa da Mãe Joana
Aí o papo vai, papo vêm. A cada discurso de apoio que recebia dos vereadores, Bombardelli ficava mais confiante. Ele inclusive afirmou que um funcionário da Sociedade Rural mora no centro de eventos. Segundo ele, a pessoa mora lá para cuidar dos animais que lá estiverem. Mas Paulo dos Santos não achou nada normal alguém utilizando um espaço público como moradia e disse que vai denunciar essa situação também. Talvez fosse o caso do presidente da Sociedade Rural ter falado um pouquinho menos.

Uma mulher Vereadora
O Vereador Leuclides Bisognin, do PMDB, vai se ausentar temporariamente de suas funções de vereador a partir do próximo dia 3 de setembro, e ficará fora durante 30 dias. Para substituí-lo durante a licença, assumirá a vaga a sua suplente, Sueli Guerra. No seu discurso, Bisognin afirmou que não tem medo de passar seu cargo neste momento de eleições, para uma concorrente direta (os dois são candidatos a vereador nas próximas eleições). "Este Vereador, assim como nenhum outro desta casa foi eleito Vereador apenas com o seus votos, foi necessário os votos da legenda. Então, mais que justo que eu dê essa oportunidade para a Sueli Guerra, suplente, mulher e do PMDB. Ninguém faz 4, 5 mil votos sozinho aqui", comentou. Ele também espera que mais mulheres entrem no legislativo municipal nas próximas eleições. "Eu espero que nós tenhamos cinco, seis, sete, oito mulheres aqui depois das eleições", comentou.

Em tempo de alguém lembrar
E essa veio lá das entranhas do tempo. Quando era mais fácil roubar pirulito de criança. Alguém aí lembra do escândalo das merendas escolares? Quem fez questão de por o dedo na ferida foi o Vereador Paulo dos Santos. O caso do ex-prefeito de Toledo, Derli Donin, um dos líderes do Partido Progressista que comanda a cidade há 16 anos ininterruptos, e que foi condenado pela Justiça Federal de Toledo por improbidade administrativa, no caso em que é acusado de direcionar um processo licitatório para compra de merenda escolar em favor de uma só empresa: Trento Brandalize e/ou Castelo Comércio de Alimentos Ltda (reconhecidas como sendo a mesma)?, relembrou Paulo dos Santos.

E refletir
Paulo dos Santos pergunta sobre a atuação do departamento jurídico da prefeitura na época. "Quem fez vistas grossas e quem foi conivente com essa quadrilha? Quem era? Onde estava o funcionário de 28 anos de prefeitura, João Carlos Poletto?", provocou Paulo dos Santos.

Apesar de
Luis Fritzen, que foi relator da CPI que inocentou na Câmara de Vereadores o ex-prefeito Derli Donin, posteriormente condenado pela Justiça Federal, contra-atacou lembrando dos escândalos a nível federal envolvendo o Partido dos Trabalhadores. Fritzen preferiu lembrar das denúncias de "dólares na cueca e mesalão" e como o partido do Vereador Paulo dos Santos também se envolve com atividades suspeitas.

Então que seja
Ademar Dorfshmidt, do PMDB, comparou os dois casos e ponderou para a questão processual. No caso do mensalão, o caso está no Superior Tribunal de Justiça e está julgando uma suspeita tão proferida como o suposto mensalão. Alias, o maior julgamento da história do Brasil. De outro, o vereador lembrou que o ex-prefeito está condenado a ressarcir o município e ainda perdeu os direitos políticos por 8 anos. Como dizem os Vereadores, 'pela ordem'.

Papel jornal
Paulo dos Santos foi à tribuna, com o processo movido pelo Ministério Público, do escândalo que culminou com a cassação dos direitos políticos do ex-prefeito de Toledo, Derli Donin. Ele citou trechos do depoimento de Roberto Aloísio Altenhofen um dos empresários envolvidos e casado com a filha de outro envolvido, João Kreuz, à Justiça. Os dois eram sócios da empresa de alimentos acusada de favorecimento na escolha em licitações para ser fornecedora de merendas para o município. Segundo a leitura do Vereador, Altenhofen disse que ouviu de Kreuz, "Que ele, junto de Derli Donin, e os Deputados Estaduais Dirceu Sperafico e Duílio Genari, estavam comprando UM Jornal para fins políticos, porque financeiramente era inviável".

Papel jornal 2
Paulo dos Santos, do PT, também questionou a relação entre a prefeitura e o Jornal. O petista apresentou uma tabela, com números de quanto a prefeitura gastou anualmente com o Jornal, desde 2006 até 2012. R$ 1.787.708, 42 foi o valor pago pela prefeitura em todos esses anos ao diário toledano, segundo a tabela apresentada pelo Vereador. "Esses valores mostram claramente que o veículo é um jornal que vive de recursos públicos. E está servindo neste momento como aparelho de campanha", atacou.

Festa do leitão assado na estufa
O Vereador Renato Reimann, do PP, elogiou o pessoal do distrito de Vila Nova, que organizou a Festa do Leitão Assado na Estufa. Ele disse que ficou muito feliz com a competência gastronômica dos assadores, dos organizadores e da presença de um grande número de pessoas no evento, e tudo mais. Quem não ficou muito feliz foi Adelar 'Pelanka' Hosbach, do PDT e presidente da Câmara de Vereadores. "Eu não entendi por que o presidente da Câmara Municipal de Toledo, não pode falar na festa de Vila Nova", questionou Pelanka, que segundo ele, foi impedido de falar na festa. Disse que inclusive consultou o promotor da justiça eleitoral que confirmou que ele poderia falar na condição de representante máximo do poder legislativo. Mas porque o pepista curtiu tanto a festa e o pedetista não? Segundo o próprio Pelanka, o nome do Vereador Renato Reimann foi dito em um dos discursos enquanto que o seu não. Do dito ou não dito, o fato é que a comilança devia estar boa.

A mordaça
Outro Vereador que reclamou de não poder falar em um evento foi Ademar Dorfshmidt, do PMDB. "Eu fui participar da abertura dos jogos escolares e não sabia nem de que forma me comportar. Por que em dois minutos eu podia ficar lá, dois minutos não, um tormento. Confesso que durante o evento liguei para assessoria jurídica da Câmara para saber. Quem acabou usando a palavra foi (o Deputado Estadual) Dirceu Sperafíco (PP), em nome do legislativo estadual, municipal e federal. Eu achei um descaso com o Deputado Estadual Elton Welter (PT), que estava presente, e comigo que estava representando o legislativo. Neste momento, infelizmente, isso é comum que eles façam", lamentou.

E declarou
"Eu vejo o candidato Beto Lunitti construindo o sonho de se tornar prefeito e visitando todos os recantos da nossa sociedade. Buscando espaço e a confiança de todos. E digo: Ninguém pode dizer que o Beto não é um bom administrador! Por que quando nós chegamos a Câmara Municipal em 1996, eu era vereador junto com o Beto Lunitti. Mas eu também não posso aceitar, quando vejo pessoas dizendo que 'parece que está tudo perdido' no município. Quando ele chegou na política, que eu tenho conhecimento, ele tinha um supermercado em 1996. Hoje ele tem seis lojas, e é dono de uma boa área de terra. Então em 16 anos ele administrou muito bem os seus negócios e progrediu. Isso mostra que é um baIta administrador" - Vereador Rogério Massing, PSDB. Candidato à reeleição e apoiador da candidatura de Polleto, do PP, à prefeitura.

E comentou
Declarou: Quero parabenizar a fala do vereador Rogério Massing. A gente sempre fala nos nossos discursos, que 'Toledo é bom, mas pode melhorar muito mais'. A gente não fala mal das pessoas Rogério, até por que eu acredito que quando a gente fala mal de alguém isso pode se voltar contra você. A gente valoriza sim o nosso município. Eu digo que uma empresa vai bem quando tem bons funcionários e quando estes são valorizados. E uma prefeitura vai bem quando tem pessoas competentes e valorizadas. Tem pessoas que fazem o diferencial. Aí eu digo que é difícil administrar. É só colocar as coisas no lugar certo e valorizarmos a sociedade organizada. Isso é muito importante". - Vereador Adelar 'Pelanka' Hosbach, PDT. Candidato a vice-prefeito na chapa de Beto Lunitti, do PMDB, à prefeitura.

E apoiou
O Pelanka também aproveitou para parabenizar a presença da Ministra-Chefe da Casa Civil, Gleisi Hofmann. Ele disse nunca viu uma carreata tão grande na cidade, e comentou que Gleisi ficou emocionada por ver que foram as mulheres da cidade que organizaram a carreaTa. E ouviu da própria Gleisi, que a administração de BETO Lunitti, se for eleito, terá contato direto com ela. "Ela veio em apoio da candidatura de Beto Lunitti e Pelanka. E disse também que as portas de Brasília estarão sempre abertas para Toledo. Que não precisaremos de intermediários, pois sempre que precisar de ajuda, poderão ligar diretamente no telefone celular dela. 'Pode ligar direto pra mim, conversar diretamente comigo, que eu quero fazer com que Toledo seja um lugar melhor'", falou o pederasta.

E protestou
Adriano Remonti, PT, arremata - "Sobre a questão das mulheres, ficou muito claro como foi o tratamento com a mulher, nestes 16 anos que o Partido Progressista governa esta cidade. Ficou muito claro com o orçamento planejado e destinado à secretaria da mulher para o ano que vêm, que dos mais de R$ 300 milhões do orçamento municipal está previsto R$ 700 mil apenas. Não dá para aceitar que seja tão pouco destinado, à maior parcela da população, que são as mulheres. Se em 16 anos não fizeram mais pelas mulheres, deixa para quem quer fazer a partir de 2013".

E discutiu
O tucano, Rogério Massing, falou sobre o seu apoio para o movimento organizado pelo sindicato União Brasil Caminhoneiro. Segundo ele, a nova legislação que está sendo sancionada para a classe, prejudica todos os envolvidos. Seja o caminhoneiro, seja as transportadoras, e até a infra-estrutura e preço dos produtos. O que poderia ser feito, segundo o Tucano, seria encurtar de 11, para 8 horas o tempo de descanso, que será obrigatório para a classe. "Quando você começa a trabalhar às 7 horas manhã, você está fora da sua casa, quando for 5 horas da tarde, você vai ter que parar e encostar no posto. Todo mundo vai ter que encostar no posto, e está longe de sua casa", comentou. Ainda criticando os possíveis prejuízos calculados, Massing aproveitou para lembrar do assunto privatização. "Não existe suporte para o motorista, não existe suporte para o caminhão. Quem vai pagar por estes 35% a mais de caminhões nas estradas? O aumento do frete? É o consumidor final. Falavam tanto de privatizações, mas o governo percebeu que não tem condições de fazer o aporte e as melhorias nas estradas e está entregando para a iniciativa privada", arrematou.