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SAÚDE

Equipe do Programa de Saúde da Família do São Francisco responde a denúncia do CMS

Na reunião do Conselho Municipal da Saúde de Toledo (CMS) realizada no dia 31 de julho, o conselheiro Rodrigo Melonari denunciou que o Programa Saúde da Família do bairro São Francisco estaria funcionando indevidamente, pois haveria falta de diálogo entre os profissionais da equipe, o que estaria prejudicando o atendimento ao cidadão. Segundo informações de Melonari, os agentes comunitários de saúde (ACS) visitam os pacientes em suas residências, no entanto, as reuniões - em que o profissional deveria repassar o diagnóstico para o médico - eram realizadas para outros fins. O conselheiro cita que o médico faz visita ao cidadão (sem a presença do agente) e não repassa um diagnóstico sobre a situação da pessoa. Assim, quando o agente retorna a esta residência, o paciente faz questionamento, mas ele não sabe as respostas. Na época, a secretária de Saúde, Noeli Salete Fornari Borges de Carvalho, preferiu não comentar o assunto na reunião do Conselho e disse que tinha conhecimento desta situação e que haveria uma reunião de trabalho no outro dia, 1º de agosto com a equipe. A reportagem manteve contato – por diversas vezes - e não obteve resposta. Diante disso, na reunião ordinária do CMS deste mês, realizada na noite de terça-feira (30), a equipe do bairro participou do encontro e falou sobre o funcionamento do Programa naquele local.

29/08/2012 - 15:51


O médico do Programa Saúde da Família - Unidade São Francisco, César Ravache, afirma que a relação entre médico e agente comunitário – segundo a denúncia - não tem procedência. “Há diálogo entre o agente comunitário e o médico. Isto acontece de forma dinâmica durante a semana. As reuniões da equipe são realizadas nas quinta-feiras. Neste dia, a unidade é fechada para debatermos assuntos internos, sendo assim os agentes não realizam visitas neste dia e, muitas vezes, formatamos a ata da reunião sobre o que foi debatido”.
O conselheiro, Rodrigo Melonari, disse que em algumas situações o médico realiza a visita sem o agente comunitário da saúde. Sobre isso, Ravache afirma que o médico tem um turno por semana para fazer a visita em diversas microáreas e vai acompanhado da enfermeira. “Às vezes, alguns assuntos são pertinentes ao médico e ao paciente, o qual está no direito dele de não querer que o agente saiba e devo respeitar”.
A agente comunitária de saúde, Neuza Arruda Gripp, acrescenta que cada paciente já depositou uma confiança ao ACS, porque ele atua há muito tempo naquela microárea. “Eu trabalho na Linha Tabuí e não tem como todos os profissionais irem de carro até lá. Nós sabemos de todos os problemas, sentamos com a enfermeira e o médico. Eles dão retorno para o ACS, quando retorna para a casa do paciente, consigo dar uma resposta ao paciente”.
Neuza lembra que um projeto idealizado pela equipe foi o incentivo a caminhada. “É um projeto que promove a saúde, porque este é o trabalho do ACS. A ideia foi apresentada em uma das reuniões nas quintas-feiras e a resposta foi positiva. A caminhada acontece todas as terças-feiras e quintas-feiras, às 8h30. Dela participam agentes de cada equipe, médico, enfermeiro e a população”.

**Denúncia**
O promotor de Justiça, José Roberto Moreira, afirma – primeiramente – que qualquer cidadão tem o direito de fazer uma denúncia, pois se vive em um país democrático. Moreira destaca que a partir do momento que a pessoa faz a denúncia, se torna responsável por ela. “No Conselho Municipal da Saúde, a denúncia pode ser feita de forma escrita e verbalizada na reunião da saúde”.
Moreira explica que se alguém faz uma denúncia de um determinado serviço público de saúde, a informação deve ser levada ao gestor competente, o qual deve investigar a procedência ou não. “Se tiver procedência tomar a medida cabível e se for improcedente comunicar o conselho, prestando contas da denúncia”.

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