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GERAL

Maioria dos eleitores de Toledo não possuem se quer o ensino fundamental

Dos 89.748 eleitores aptos para votar no próximo pleito municipal, mais de um terço, 34,1% do total saiu da escola antes de completar o ensino fundamental, antigo primeiro grau. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essa parcela do eleitorado toledano representa a maioria que vão eleger o futuro prefeito e os vereadores da cidade, que vão assumir o executivo e o legislativo a partir de 2013. São 30.619 eleitores com esta escolaridade na cidade.

30/08/2012 - 15:10


Em segundo lugar aparece a parcela que ficou pelo caminho no ensino médio, o antigo segundo grau. São 21.960 eleitores toledanos que ainda não finalizaram o ensino médio, ou seja,  24,4% do eleitorado. Em terceiro estão os eleitores que possuem o ensino médio completo, com 12.338 (13,7%). Em quarto, aparece quem tem apenas o ensino fundamental completo, com 7.170 eleitores, 7,9%. Em seguida aparecem os eleitores que não tem um gral de escolaridade, mas estão cadastrados como alfabetizados. São 6.541 eleitores (7,2%).
Somente em sexto lugar, com 3.927 pessoas, ou seja, 4,3%, aparecem os eleitores com diploma de nível superior universitário em Toledo. E em seguida, 3.692 pessoas, constituindo 4,1%, estão no banco das faculdades, são os eleitores com ensino superior incompleto. Para finalizar, 2.678 eleitores são considerados analfabetos - 2,9% - do contingente.
Segundo o cientista político e professor da Unioeste, Gustavo Biasoli Alves, os índices preocupam na hora de se pensar política. Segundo o professor, um eleitor sem acesso a formação qualificada tem dificuldades de ter acesso e valorizar a informação. "Este eleitor, que tem pouca escolaridade, pode ter a tendência de ser mais imediatista, ou seja, podem se sugestionar com maior facilidade para vantagens de curto prazo. E aqui entra questões como compra de votos por favores de políticos", comenta. Outro fator é pensar o porquê que política é importante. "Toda a eleição é um momento de reflexão, de checar se aquele grupo político que está no poder deve continuar ou não. Quando à falta de informação, o eleitor pode encontrar mais dificuldade para avaliar os candidatos", completa.     
Ainda segundo Alves, no caso de Toledo, as instituições de ensino universitário ainda são jovens na cidade e faltam políticas para que as pessoas consigam não só entrar nas universidades, mas também permanecer e se formar. Esses problemas podem explicar os motivos do número de eleitores na cidade ser tão baixo. "Nenhuma universidade em Toledo possui se quer um restaurante universitário", lembrou o professor, que acredita que a tendência na educação só vai mudar quando for investido em políticas de acessibilidade e assistência nos âmbitos educacionais.
Paraná
Os números de Toledo são parecidos com a estatística no Paraná. Dos 7.727.727 eleitores que vão às urnas, nos 399 municípios do Estado, 32,2% também não possuem o ensino fundamental completo. Em seguida aparece os eleitores que tem o ensino médio incompleto, com 19,8%. Em terceiro quem tem diploma de ensino médio, com 15,2%. Em quarto, com 10,06%, é o contingente dos eleitores que estão classificados como alfabetizados, mas sem nível de instrução. Após aparecem os eleitores com ensino fundamental completo, com 8,1%. Depois vêm os eleitores com diplomas universitários, com 6,5%. Seguido de quem ainda não completou a graduação, com 3,8% e, por último, os analfabetos, com 3,6% do total de eleitores.
2008
A primeira comparação em relação com às últimas eleições municipais mostram que o número de eleitores cresceu, em 2008 eram 80.680 pessoas aptas para votar na cidade. Neste ano são 89.748 eleitores em Toledo. Porém a tendência de qualificação escolar dos munícipes continuou a mesma. Na época, 36,9% do eleitorado estava classificado como ensino fundamental incompleto; 23,4%, não terminaram o ensino médio; 11,4%, estudaram apenas para completar o ensino médio; 8,6%, eram apenas considerados alfabetizados; 8,2%, apareciam apenas possuindo o diploma de ensino fundamental completo e 3,47%, dos eleitores de 2008 possuíam diploma de ensino superior.
A diferença entre 2012 e 2008 está justamente no crescimento dos eleitores que estudam em universidades. Nas últimas eleições municipais, o número de analfabetos era maior que os universitários. Enquanto que 3,44% dos eleitores não sabiam ler ou escrever, 3,2% cursavam uma instituição de ensino superior em Toledo.

Por Maurício de Olinda

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