Nesta sexta-feira (31), será enviado um ofício junto à SETI (Secretaria de Estado Tecnologia e Ensino Superior) comunicando a decisão da categoria. “Esgotamos todas as tentativas de negociação com o governo, estivemos 23 vezes em Curitiba dispostos ao diálogo, porém saímos de todas as reuniões sem garantia alguma da apresentação da minuta da Lei do PCCS com sua implantação para outubro, junto ao pagamento dos professores”, disse a professora Francis Guimarães Nogueira, presidente do Sinteoeste (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos do Ensino Superior do Oeste do Paraná).
Francis ressalta que nenhum servidor queria ter chegado ao ponto de cruzar os braços, porém a greve acabou sendo inevitável devido à intransigência do Governo do Estado nas negociações. “Foram dados vários votos de confiança ao governador e seus secretários, porém vários acordos foram sendo descumpridos. O Governo Beto Richa nos empurrou para essa greve”, ressaltou a sindicalista.
Sobre a data marcada para o início da greve, a presidente diz que ela respeita o prazo estipulado pelo Ministério do Trabalho, de 72 horas após a decisão em assembleia. “Como mantivemos o indicativo de greve, a deflagração da greve esteve em pauta e a decisão da maioria presente foi para que ela inicie já na próxima terça-feira, dia 4 de setembro”.
A greve na Unioeste antecederá em uma semana a deflagração da paralisação nas demais universidades estaduais, que tiveram que aprovar novamente o indicativo de greve. As demais instituições devem entrar em greve no dia 11 de setembro, conforme acordado pelos dirigentes sindicais. “Colocamos em votação as duas datas, porém a decisão da maioria foi pelo dia 04”, explica a presidente do Sinteoeste.
A expectativa é que essa antecipação de uma semana em relação às demais universidades possa servir de alerta ao governo na tentativa de retomar o processo de negociação pela reformulação do Plano de Cargos Carreiras e Salários dos agentes universitários. “A partir de amanhã [sexta-feira] iniciaremos os trabalhos de mobilização da categoria, passando de setor em setor da universidade”, ressalta Francis.
A assembleia desta quinta-feira também contou com a presença de representantes dos DCE (Diretórios Centrais de Estudantes). Os estudantes informaram que agendarão assembleias para decidirem se apoiam ou não a greve dos servidores técnicos. Representantes da Adunioeste (Sindicato dos Docentes) também foram convidados a participar, por meio de ofício, mas não compareceram. A direção da entidade enviou uma moção de apoio aos técnicos das universidades.
Solidariedade
Além do apoio, os servidores técnicos querem a solidariedade tanto dos professores quanto dos acadêmicos à greve da categoria. “Nós pedimos a solidariedade de toda a comunidade acadêmica neste momento, pois todos fazemos parte de uma instituição com o mesmo fim. Esse é o momento de unificarmos força”, disse a agente universitária Gracy Kelly Bourscheid, adiantando que todos os serviços administrativos da Unioeste estarão suspensos em uma semana.
A partir desta sexta-feira (31) também se iniciam os trabalhos do Comando de Greve e das comissões formadas para coordenar a paralisação nos campi da instituição. O grupo irá discutir questões de estrutura, preparação e do andamento da greve.
Da Assessoria
GERAL
Servidores técnicos da Unioeste em greve a partir de terça-feira
Em assembleia geral realizada nesta quinta-feira (30), os servidores técnicos da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) aprovaram por unanimidade a greve nos cinco campi da instituição. A paralisação, por tempo indeterminado, iniciará na próxima terça-feira, dia 04 de setembro, conforme decisão da maioria presente na reunião.
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