Excesso de peso durante a gestação pode aumenta riscos para as mães e para os bebês

A supervisora da Clínica, Dara Roberta Jiardini Segatini, explica que a diabete gestacional ocorre quando a mulher apresenta taxas elevadas de glicose (açúcar no sangue). Com isso, o açucar é excedido na corrente sanguínea e não passa de forma correta pelas células do corpo. “Um exemplo são as células musculares que usam o açúcar como fonte de energia para funcionar junto com a insulina que leva o açúcar para dentro das células”.
Ela esclarece que na diabete gestacional o organismo não corresponde normalmente a ação da insulina devido alguns hormônios produzidos na gestação. “Um deles é o hormônio do crescimento, porque está gerando o feto e faz com que o corpo resista a esta ação, o que ocasiona excesso de açúcar na corrente sanguínea”.
A profissional complementa que o hormônio do crescimento é essencial para o desenvolvimento do feto e, na maioria das vezes, o pâncreas consegue produzir açúcar suficiente para agir diante destas situações, mas no caso da gestante ele começa a produzir uma deficiência na produção da insulina. “Por isso, ocorre a diabete gestacional. As mulheres que perceberem alguns dos sintomas: como visão turva, cansaço, infecção ou aumento de apetite deve procurar um médico para fazer um exame e se a gestante não se cuidar ela vai ter diabetes após o nascimento do bebê, mesmo ela não ter dito a doença antes”.
Segundo a profissional, a diabete gestacional é desenvolvida somente quando a mãe está a espera de seu filho. “Ela surge devido a excesso de peso e também uma alimentação inadequada, ou seja, a gestante alimenta-se somente duas vezes ao dia, quando o recomendado é alimentar-se de três em três horas. A diabete gestacional pode ser responsável pela má formação do feto ou até causar um parto prematuro, entre outros fatores”.
Sobrepeso e obeso
Dara relata que o ideal é que as pessoas tenham o peso conforme a sua altura. Ela explica que nas gestantes o Indice de Massa Corporal (IMC) é considerado normal, quando se tem um ganho de peso de 11,5 a 16 quilos e se tem o IMC entre 19,8 a 26. Quando está com IMC que caracteriza sobrepeso (entre 26 e 29) o ideal é que a gestante engorde no máximo de 7 a 10 quilos e quando a gestante está acima do IMC 29 é caracterizado obesidade é o ideal é que ela não engorde mais de 7 a 9 quilos.
Diante deste cenário, a nutricionista vai trabalhar com o ganho de peso ponderal (de gramas por semana) sem que a gestante ultrapasse o peso total que é estipulado de acordo com o seu IMC. “Quanto menos, a gestante engordar melhor. O ideal é que a futura mãe engorde somente o peso do bebê”.
Orientação
Dara recomenda que as futuras mães mantenham uma alimentação balanceada, façam caminhadas, evitem frituras e doces que depois será mais fácil para o corpo delas voltarem ao normal. “As vezes, devido a correria do dia a dia muitas mulheres comem em restaurantes, mas estes locais estão oferecendo opções para comer de forma saudável. Contudo, muitas vezes, parece mais fácil comer uma fritura do que saladas. Lembrando, que quanto mais colorido e verde for o prato mais saudável é o seu dia a dia”.
A profissional salienta que é importante que a gestante coma carne e grãos que são fontes de vitaminas. “As gestantes com diabetes terão que evitar doces, usar adoçantes e rigorosamente comerem de três em três horas. Elas podem comer quatro porções de frutas por dia, ou seja, uma fruta por horário diferente”.
Ela enfatiza que antes da mulher engravidar que procure um profissional e faça uma consulta para saber suas condições de saúde. “Que ela faça uma caminhada e uma reeducação alimentar, assim ela não terá o risco de adquirir uma diabete gestacional que pode ocasionar problemas a ela e ao seu bebê”.