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GERAL

Cientista político propõe reflexões para o Sete de Setembro

Em 1822, às margens do Rio Ipiranga, no estado de São Paulo, o então príncipe de Portugal, Dom Pedro I, teria realizado o famoso brado: "Independência ou morte". Este momento que foi eternizado logo nos primeiros versos do Hino Nacional é comemorado justamente neste dia 7 de Setembro, quando se celebra o Dia da Independência. Segundo o cientista político e professor da Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo, Gustavo Biasoli Alves, a data serve como reflexão da nossa identidade nacional e o que estamos fazendo para contribuir para com a pátria, que nos dá nossa nacionalidade, chamada República Federativa do Brasil.

07/09/2012 - 06:18


Mais do que exaltar nossos símbolos nacionais, o cientista político atenta para a reflexão de civilidade. Para ele, responder a importância que cada um de nós temos para com a construção dessa ideia de fazer parte de um Estado-Nação, começa com a percepção dos nossos deveres e direitos cívicos. A educação tem que ter um papel fundamental para esse entendimento, segundo Biasoli. "Estas questões nos remetem ao significado mais puro da cidadania: ser parte e sentir-se parte de um Estado-Nação, e isto, em nosso processo histórico não nos foi ensinado", afirma.
Comemorações e exaltações aos nossos símbolos nacionais, que é comum em comemorações oficiais da data, parece para o professor não tão importe quanto a reflexão. "Quanto aos símbolos, bem observemos que venerá-los por venerá-los simplesmente, nada ou muito pouco quer dizer! E a idolatria em cima deles tem muito a ver com uma perspectiva histórica e social que os militares nos quiseram impor. Não que eles não mereçam veneração e respeito, mas a idolatria nos cega e não nos faz refletir sobre algo fundamental nos dias de hoje: o que nos faz brasileiros?" discute.
Para entender melhor essa ideia, o professor propõe que os cidadãos procurem mais informações quanto a história do nosso País. "Conhecer a história do nosso próprio país é fundamental para a nossa emancipação. Que busquem se instruir e se envolver com a história do seu país", coloca. O cientista político também insiste para que as pessoas procurem uma atividade política mais intensa. Para ele, é uma das formas de fazer com que aconteça mudanças verdadeiras. "É fundamental que sejamos sujeitos do nosso desenvolvimento, ou seja, que aproveitemos as liberdades democráticas recém conquistadas para que todos façam ouvir suas vozes neste processo", defende.
Para finalizar, o professor atenta para a posição do povo de Toledo perante ao cenário, principalmente sobre a reflexão quanto ao começo da história da cidade, e como isto pode formar certas ideologias que podem atrapalhar a compreensão de identidade e de posicionamento da população neste momento e para o futuro. "Falar que Toledo originou-se de uma 'reforma agrária', reside nesta concentração, um obstáculo sério ao desenvolvimento da cidade, pois é ele que dificulta o desenvolvimento de novos empreendimentos industriais e imobiliários, que em muito poderiam contribuir com a cidade diversificando as suas atividades produtivas, a sua economia e a sua vida", finaliza.

Por Maurício de Olinda

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