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GERAL

Toledo utiliza quase 100% da capacidade de energia disponível. Nova subestação será concluída em 2013, afirma Benke

O Município de Toledo é destaque pela demanda de consumo e aumento de consumidores de energia. Em 2010, o consumo de energia totalizou 23.324 MWh. No ano passado aumentou para 25 e no primeiro semestre deste ano houve uma elevação de 12,42% em comparação ao mesmo período de 2011. Enquanto que no Estado o aumento foi de 3,43%. O gerente regional da Copel em Toledo, Jair Benke, comenta que em até dez anos Toledo deve dobrar o consumo de energia. Neste ano, há quase 50 mil unidades consumidoras ligadas na cidade. Nos últimos dez anos, o Município que mais cresceu em consumo de energia no Paraná foi Castro e em segundo aparece Toledo.

08/09/2012 - 13:45


No setor industrial – entre os anos de 2010 e 2011 – houve um aumento de 10,78% no consumo de energia. No primeiro semestre deste ano, o aumento foi de 17% com relação ao mesmo período no ano anterior.
Na área comercial, a Copel registrou um aumento de 13,47% entre os anos 2010 e 2011. No semestre anterior houve uma elevação de 12,26% em comparação ao ano passado.
Na classe rural houve um crescimento de 1% em relação ao ano passado. E, por último, as residências são responsáveis por 35% do consumo de energia da cidade. No último semestre houve um aumento de 7%.
O gerente regional da Copel em Toledo, Jair Benke, explica que a empresa está observando o cenário de crescimento no Município e, por isso, neste momento, a energia não é considerada um gargalo para o desenvolvimento da cidade. No entanto, ele salienta que a empresa está precupada com planejamento de ações, pois Toledo possui um crescimento diferenciado se comparado com o Paraná.
Benke destaca que desde 2010 até o primeiro semestre deste ano, o crescimento na demanda de energia no Município se mantém em aproximadamente 10% ao ano. “As pessoas devem compreender o consumo de energia da cidade comparando com os motivos pelos quais realizamos o desligamento sistemático na cidade para fazer melhorias de rede. Se fizermos uma conta simples se o crescimento do consumo de energia é em torno de 10% em dez anos irá dobrar o seu consumo e o número de consumidores. É lógico que fazer uma conta desta é algo superficial, mas nos próximos três anos segue esta lógica”.
O profissional relata que a principal preocupação da Copel é antecipar algumas obras para que realmente a empresa possa comportar o fluxo de energia na cidade a médio ou longo prazo. “Por ex: A área rural cresceu o seu consumo, ou seja, o nosso produtor rural está investindo em tecnologia e, consequentemente, demanda uma nova quantidade de energia”.
Subestação
Em agosto do ano passado, a Copel iniciou a construção de uma nova subestação na cidade. A previsão era de que em um ano a parte da construção civil estivesse concluída. Benke informa que a obra está 99% concluída e que a empresa iniciou o trabalho na parte estrutural de distribuição de energia. “O coração da subestação está concluído, mas agora temos que fazer a disseminação de cabos. Para isso, iniciamos as obras que impactaram em desligamentos e que tem o seu prazo de conclusão previsto para abril de 2013. Imaginamos que até maio do próximo ano a nova subestação - com a nova carga - esteja concluída em Toledo”.
A nova subestação, de acordo com o profisisonal, abrange todo o Município de Toledo e contribui para a criação de uma nova estrutura para outras cidades, como: Cascavel, Marechal Cândido Rondon e Guaira.
Ele acrescenta que com a nova subestação, a Copel cria aproximadamente 33% de capacidade renovada, pois atualmente
a demanda do consumo de energia de Toledo está quase empatada com a capacidade de fornecimento da Copel. “Se observar o cenário de crescimento de Toledo para quatro ou cinco anos precisamos imaginar um projeto para construir mais uma subestação em outra região na cidade que tenha uma tendência maior de crescimento, mas não é algo que preocupe”.
Benke enfatiza que a empresa tem o absoluto controle da situação e capacidade para distribuir energia. “Não haverá falta de energia, porque já criamos alternativas de energia para o período de verão. Não vai faltar energia em Toledo, desde que os trabalhos de planejamento e de responsabilidade tenham continuidade ao olhar a frente e perceber o momento de investir e o quanto deve ser investido”.
Segundo o profissional, para o verão – se for preciso – haverá o acréscimo de transformador e vai acrescentar em torno de 12% da capacidade de energia em Toledo. “Caso aconteça uma intensificação na demanda de energia em dezembro e janeiro para que tenhamos um plano 'b' em ação e evitar futuros problemas”.
Reclamações
Os desligamentos para a realização do trabalho são necessidades da Copel. No entanto, estes desligamentos de energia acontecem aos sábados, o que tem desagradado alguns comerciantes da cidade que mantém seus comércios abertos a  tarde nos dois primeiros sábados do mês. Com isso, a Acit recebeu diversas reclamações sobre este fato. Sobre o assunto, Benke destaca que ao mesmo tempo em que a Copel precisa executar as informações de desligamento, por sua vez, o comércio também tem os seus interesses e precisam ser ouvidos. “Nós faremos um estudo na Copel e, na sequência, iremos comunicar o presidente da Acit. As programações que já existem não serão interrompidas, mas de outubro em diante quando for possível não iremos marcar nos dois primeiros sábados do mês a tarde desligamentos no comércio. Avançaremos com a Acit neste contexto”.
Segundo o presidente da Acit, Edésio Reichert, a associação recebeu diversas reclamações sobre os desligamentos programados especialmente nos primeiros sábados. Dentro deste contexto e dado as últimas programções de desligamentos nos sábado anteriores, a Acit decidiu incluir na pauta da agenda aberta este tema. No entanto, Reichert lamenta que poucos associados participaram da reunião. “Entendemos que a nossa rede de cabeamento, especialmente no centro, é antiga e se não houver investimentos daqui dois anos podemos não ter rede para comportar a transmissão”.
O presidente da Acit enfatiza que a associação – sempre que possível – procura cumprir com a sua missão. “Nós procuramos dar andamento, mas nem sempre sabemos se haverá solução para todos. Desenvolvemos uma ação que beneficie ou que contribua para uma melhor gestão e gerenciamento dos nossos associados”.
Tarifa
Benke salienta que em junho desde ano houve uma revisão tarifária e no Estado houve uma redução global de energia. “Em alguns segmentos houve a redução de 4%, outros não reduziu nada. O investimento faz parte do planejamento estratégico da empresa e, por isso, não será cobrado dos consumidores”.

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