Nesta terça-feira, no sétimo dia de paralisação da Unioeste, apenas um portão de acesso aos pedestres foi mantido aberto no campus de Cascavel, enquanto todos os portões de acesso aos veículos foram fechados. O prédio da Reitoria também foi fechado e as aulas suspensas, uma vez que na tarde de segunda-feira (10), por decisão do Comando de Greve, todas as chaves das salas foram entregues aos diretor-geral dos campus.
Os serviços considerados essenciais nos campi foram mantidos, como o funcionamento das clínicas, atendimento ao SUS e os processos licitatórios da instituição. Os laboratórios também funcionam, mas de forma precária, com os serviços antes feitos pelos técnicos – como pesquisas, experimentos e preparação de insumos – sendo feitos pelos professores ou alunos.
“A partir de hoje [terça-feira], a greve passa a ser estadual, com as quatro maiores universidades paranaenses paralisadas. As negociações com o governo continuam, em nenhum momento elas foram rompidas, porém o que temos que expor é que o governo está sendo negligente e incoerente no sentido de estar desqualificando e até mesmo subestimando os servidores técnicos”, diz Francis Guimarães Nogueira, presidente do Sinteoeste (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos do Ensino Superior do Oeste do Paraná).
Professora na instituição, Francis destaca o trabalho exercido pelos agentes universitários. “O trabalho dos servidores técnicos é fundamental para o dia a dia da universidade, os professores não conseguem desempenhar suas atividades sem o serviço dos técnicos, assim como os alunos também não, por isso estamos pedindo solidariedade aos professores e estudantes”, diz a sindicalista.
Francis expõe os motivos que levaram os servidores técnicos a cruzarem os braços por tempo indeterminado. “O que está em pauta neste momento é a garantia de direitos já conquistados pelos servidores, direitos estes que foram sumariamente retirados na última minuta de lei apresentada pelo Governo. Por isso na segunda-feira enviamos uma carta e um ofício alterando questões da minuta, questões essas que levaremos para as próximas mesas de negociações”.
A principal reivindicação dos servidores técnicos é a garantia de direitos previstos na Lei 15.050, do PCCS da categoria, em especial, na promoção e progressão da carreira. “O que nos empurrou para essa greve foi a última minuta do Governo que apresenta os mesmos prejuízos, no que diz respeito ao incentivo a titulação e as regras de promoção e a progressão na carreira. Essa é a política do governo, de não se interessar pela qualificação dos servidores das universidades públicas. Todas as propostas do governo até então visam minar o desenvolvimento de nossa carreira”, aponta a agente universitária Gracy Kelly Bourscheid, que vem participando das negociações.
Tabela Salarial
A presidente do Sinteoeste, Francis Guimarães Nogueira, também faz um esclarecimento em relação à tabela salarial da categoria. “Houve muita informação equivocada em relação à tabela dos técnicos, que é diferente dos docentes. Ao contrário do que foi vinculado pelo próprio governo, o reajuste salarial não é na média de 35%, ele varia de 6% a 35%, conforme cada classe”, explica.
Os agentes universitários são divididos em três classes: nível fundamental que teria um reajuste de cerca de 35%, dos técnicos de nível médio de 20% e de nível superior de 6%. “Os que receberiam os 35% são aqueles que sempre ganharam menos e tiveram mais percas ao longo dos anos, além disso, é preciso deixar claro que essa tabela foi proposta pelo próprio governo e não pelos servidores”, conclui Francis, ressaltando que o que está em discussão é um prazo para sua implantação, uma vez que o governo não deu nenhuma garantia de quando os índices serão aplicados.
Professores
Na tarde desta terça-feira (11), o Comando Geral de Greve da Unioeste se reunirá com professores e coordenadores de cursos para discutir o apoio efetivo dos docentes à greve dos técnicos.
Da Assessoria
EDUCAÇÃO
Greve unificada tem portões e salas fechadas na Unioeste
A greve dos servidores técnicos das IEES (Instituições Estaduais de Ensino Superior) do Paraná tomou um novo rumo nesta terça-feira (11) com a integração da UEL (Universidade Estadual de Londrina), UEM (Universidade Estadual de Maringá) e UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa) que se juntaram a Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), que já está em greve há uma semana.
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