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EDUCAÇÃO

Suspensão do calendário acadêmico será levada ao COU

Desde o início da greve deflagrada pelos servidores técnicos da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), no dia 04 de setembro, uma das grandes preocupações dos funcionários paralisados é não prejudicar os estudantes da instituição. Em virtude disso, a suspensão do calendário acadêmico da Unioeste será levado ao COU (Conselho Universitário), um dos conselhos superiores da universidade, órgão deliberativo e normativo em matéria administrativa e de política universitária.

13/09/2012 - 14:30


Antes de ser pautado na reunião dos conselheiros, o indicativo de suspensão do calendário acadêmico de 2012 já foi aprovado pelas Câmaras de Ensino, Pesquisa e Extensão e de Administração, compostas por membros das direções dos campi, professores, servidores técnicos e alunos.
A suspensão do calendário é uma forma de garantir que nenhum acadêmico seja prejudicado com a greve. “Com a suspensão do calendário, o estudante passa a ter segurança de que não será prejudicado, pois existem ainda casos isolados de professores que seguem dando aulas em alguns campi. Essa medida de suspensão do calendário visa buscar a integridade a todos os acadêmicos, garantindo que nenhum deles será prejudicado”, explica a servidora Sandra Regina, do comando de organização da greve na Unioeste.
A aprovação do indicativo de suspensão do calendário por parte das Câmaras foi motivada pelo temor que alunos que apoiam o movimento grevista fossem prejudicados, especialmente pelo fato de parte dos professores continuarem suas atividades. Com a suspensão do calendário acadêmico, ficam impossibilitadas as computações de faltas ou provas perdidas por parte dos estudantes.
Conforme Sandra Regina, essa é uma forma de não haver discriminação ou distinção em relação aos alunos. . “Temos casos de alunos que já aderiram à greve, como por exemplo, os acadêmicos do curso de Serviço Social do Campus de Toledo, que já anunciaram a paralisação dos alunos. Então temos que buscar as instâncias para que ninguém seja prejudicado por ser solidário à greve dos servidores técnicos da Unioeste”, aponta.
Greve
A greve dos servidores técnicos da Unioeste completou nove dias nesta quinta-feira (13), enquanto na UEM (Maringá), UEL (Londrina) e UEPG (Ponta Grossa) foram iniciadas na última terça-feira (11). A paralisação promete ser longa, uma vez que nesta quarta-feira (12), o Governo do Estado deu mais uma amostra do descaso para com os servidores técnicos das IEES (Instituições Estaduais de Ensino Superior) do Paraná.
A expectativa dos representantes do Comando Estadual de Greve, convocados para uma reunião às pressas em Curitiba com o secretário da SETI (Secretaria de Estado Tecnologia e Ensino Superior) Alípio Leal Neto, era a busca de uma solução para o impasse, porém não foi isso que aconteceu. O que era para ser uma tentativa de negociação acabou se tornando uma reunião com tom de intimidação, onde o governo rompeu o diálogo com os servidores técnicos das universidades, anunciando que “não negocia com grevistas”. Para surpresa do Comando Estadual de Greve, o secretário sequer mencionou as alterações da minuta da Lei do PCCS, propostas pela própria SETI.

Da Assessoria

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