A greve dos técnicos da Unioeste foi iniciada no dia 04 de setembro e, até então, o governo não mostrou disposição de buscar uma resolução do impasse. Alegando que “não negocia com trabalhadores paralisados”, o governo tem restringindo as negociações somente aos reitores das instituições, sem a participação dos representantes dos sindicatos e do Comando Estadual de Greve.
Estudantes se somaram a manifestação dos servidores técnicos e também protestaram nesta quinta-feira (20) em frente ao campus de Cascavel. Em virtude da posição dos professores presentes à assembleia do sindicato da categoria, que se manifestaram contrários à suspensão do calendário acadêmico, os alunos entregaram panfletos solicitando manifestações oficiais dos colegiados de cada curso.
Os acadêmicos temem pelas condições que as aulas serão ministradas, cobrando que as atividades acadêmicas transcorram sem prejuízos. No documento, elaborado pelo DCE (Diretório Central de Estudantes), é solicitada que cada colegiado informe a todos os alunos sobre a realização de aulas, com um prazo de 72 horas de antecedência, mediante a publicação de uma tabela com 'ensalamento' e com a garantia das aulas nela expostas, além do não comparecimento de determinados professores, que se não estão dando aulas em apoio a greve dos técnicos.
Segundo os estudantes, somente assim a retomada das atividades acadêmicas poderá ser reconhecida. Os alunos presentes ao protesto cobraram respeito, exigindo uma resposta dos colegiados de cada curso. “Aguardamos ansiosamente pelo retorno de vossas senhorias, uma vez que há muito esperamos pelas referidas aulas, contudo as mesmas devem ocorrer com um prazo e um direcionamento que nos demonstre respeito”, diz o conteúdo do panfleto.
Em assembleia na semana passada, os acadêmicos haviam se posicionado a favor da suspensão do calendário, com a ressalva que ela fosse retroativa ao primeiro dia de fechamento das salas de aula. A suspensão do calendário seria uma forma de garantir que nenhum acadêmico seja prejudicado com a greve. Com a suspensão do calendário, o estudante passa a ter segurança de que não será prejudicado, mesmo com casos isolados de professores que seguiram dando aulas em alguns campi.
Greve
Nesta quinta-feira (20), o portão principal de acesso aos veículos do Campus de Cascavel foi liberado. Ele foi aberto pelo próprio diretor-geral do campus. As chaves dos portões e das salas de aulas permanecem com a direção, uma vez que os funcionários seguem em greve, sendo de responsabilidade da direção e dos professores abrirem ou não as salas de aula.
Os técnicos da Unioeste, UEM (Maringá), UEPG (Ponta Grossa) e UEL (Londrina) seguem em greve por tempo indeterminado. “Infelizmente não veio uma proposta concreta de minuta em relação à estrutura da carreira, com o mínimo que estamos pedindo em relação a promoção e progressão, e a não perca de direitos”, diz a professora Francis Guimarães Nogueira, presidente do Sinteoeste (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos do Ensino Superior do Oeste do Paraná), em relação a última reunião entre o Comando de Greve e reitores.
Em relação ao pagamento da tabela salarial, de concreto apenas um telefonema do secretário chefe da Casa Civil, Luiz Sebastiani, informando que ela deverá ser encaminhada à Assembleia Legislativa no dia 19 de outubro, com previsão de pagamento para janeiro de 2013. Vale lembrar que os técnicos reivindicam o pagamento da tabela proposta pelo próprio governo para outubro deste ano, assim como o reajuste dos professores.
Na reunião com os reitores, os sindicalistas não tiveram acesso à minuta, mas sabe-se que os principais pontos de reivindicação ainda não estão garantidos. “Não tivemos acesso à minuta da lei para que possamos analisar objetivamente qual é a proposta concreta do governo. Os reitores fizeram um esboço daquilo que consideram um avanço”, conclui Francis, reiterando que o Sinteoeste só convocará uma assembleia com a categoria dos técnicos após o governo formalizar uma proposta concreta.
Da Agência Brasil
GERAL
Manifestação reúne servidores técnicos e estudantes no campus de Cascavel
Servidores técnicos da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) realizaram uma manifestação nesta quinta-feira (20) em frente ao campus de Cascavel, onde reafirmaram a greve por tempo indeterminado diante do descaso do Governo do Estado para com as reivindicações da categoria que luta há quase dois anos pela reformulação da estrutura do PCCS (Plano de Cargos Carreiras e Salários).
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