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SAÚDE

Troca de crítica coloca em cheque relação entre Associação Médica de Toledo e Ciscopar

A Associação Médica de Toledo, entidade que representa mais de 160 médicos da cidade, boa parte dos mais de 200 profissionais que atuam em Toledo, e o Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste (Ciscopar), que possui cadastrados 275 médicos das 18 cidades da 20ª Regional de Saúde do Paraná parecem não se entender. A Casa de Notícias esteve na última reunião de diretoria da Associação que aconteceu na terça-feira (25) e também conversou com o secretário-executivo do Ciscopar, Vilmar Covatti. De um lado, o presidente da Associação, Dr. Cláudio Tomuo Hayashi, alega que a Ciscopar nunca entrou em contato com a entidade para discutir políticas públicas na área da saúde, que poderiam melhorar o atendimento médico na cidade. De outro lado, Covatti, diz que há um equívoco nestas declarações e o Ciscopar já se reuniu com a entidade em pelo menos três oportunidades.

26/09/2012 - 15:49


Segundo Covatti, a última reunião foi em novembro de 2011. Em pauta, o valor da consulta/hora que o consórcio paga aos médicos da ligados à Associação. Hoje, por consulta, o médico recebe R$ 25. Segundo o secretário-executivo o valor não é maior por falta de verbas da Ciscopar, e por que os médicos pedem muitos exames. "No acordo que nós fizemos (em novembro de 2011), sem entrar na conduta médica, nós pedimos que se reduzisse o número de exames para que a gente pudesse aumentar o valor da consulta", explica. "O recurso do município é finito. Não adianta dobrar o valor desta consulta por que nós não vamos ter recursos para pagar. Então nós precisamos é equilibrar isso", defende. Segundo Covatti, a média mostra que a cada dez consultas, em oito, o paciente sai do consultório com um pedido de exame. Enquanto, o que seria razoável, conforme Covatti, é que os médicos pedissem um exame em 30% à 40% das consultas.
Os setes médicos que participaram da reunião da Associação Médica de Toledo garantiram que as portas da Associação estão abertas para o diálogo, porém não foram procurados. "Não existe diálogo, só existe monólogo", protesta Hayashi. Outra crítica que os médicos fizeram foi de fazer, o que segundo eles seria evitável em vários casos, a condução de pacientes de Toledo para outros centros, como Curitiba, e pagar alimentação, transporte e hospedagem. Segundo os médicos, com diálogo, poderia encontrar uma solução mais prática e menos onerosa para clinicar estes pacientes na cidade mesmo, com os médicos locais. Para a cúpula médica de Toledo, a cidade goza de muitos recursos na área da saúde, até de dar inveja para outras cidades, porém este orçamento é mal distribuído e organizado.
Covatti criticou as declarações da diretoria da Associação Médica. "Pelo radicalismo acho que Associação Médica de Toledo está muito mal representada. Nós temos excelentes profissionais aqui em Toledo. Nós conversamos diariamente com vários destes profissionais. Muitos estão fazendo cirurgias aqui eram encaminhadas para Curitiba. Então está tendo um diálogo com vários médicos, mas com o Dr. Cláudio, desculpa, mas não existe diálogo", declarou.

Por Maurício de Olinda

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