Classe dos ACS comemoram aniversário de criação

As primeiras turmas de agentes sofriam com a instabilidade no cargo. Isso porque depois de contratado, o ACS cumpria um contrato com duração de apenas dois anos, depois disso era dispensado. Foi em 2007 que essa condição e outras bandeiras começaram a ser questionadas pela categoria. Neste ano, os ACS se filiaram ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Toledo (SerToledo). Neste mesmo ano, a categoria conseguiu que a condição de trabalhadores temporários passasse a ser permanente. "Em 2007, conseguimos uma importante vitória. Conseguimos que a Câmara de Vereadores aprovasse uma lei municipal, a qual garante que nosso cargo seja permanente", comenta a ACS Neusa Gripp.
Em diante a luta da categoria foi intensa. Em 2009, em mais uma votação na Câmara, a categoria conseguiu a aprovação de lei municipais que garantiram para os ACS o fundo de garantia, abono salarial e a inclusão no CAST (Caixa de Assistência dos Servidores de Toledo). 
Em 2010 veio um golpe duro para a categoria. Segundo Neusa, o prefeito José Carlos Schiavinatto exonerou todos os servidores da classe. O desejo da administração era que fosse realizado um novo concurso público para preencher o quadro de funcionários. Porém, novamente a classe se mobilizou e conseguiu fazer com que todos se mantivessem no cargo com auxílio de uma liminar judicial. "Até hoje temos muitos colegas que estão conosco ainda amparados nessa liminar", lembra Neusa.
O concurso público aconteceu e muitos dos funcionários que já exerciam a função foram aprovados. Hoje, a categoria dos Agentes Comunitários de Saúde está cada vez mais organizada em Toledo. Há pouco tempo, os ACS's foram até Brasília, juntar-se com os demais profissionais de outras cidade brasileiras pedir para que fosse regulamentado o piso salarial nacional da categoria, que poderá criar um parâmetro seguro para os ganhos dos trabalhadores.
Conforme a agente, para o futuro, a categoria pretende continuar pedindo a valorização do salário. Apesar do concurso público realizado em 2010 ter exigido apenas o ensino fundamental, Neusa garante que a maioria dos profissionais estão empenhados em se especializar para melhorar o atendimento. Até por isso pedem uma valorização. "Promovemos a saúde preventiva. Trabalhamos com estatística diretamente com as famílias. Caminhamos de casa em casa. Prestamos orientação para as pessoas com o intuito de diminuir as filas e desafogar as unidades de saúde. Por tudo isso somos importantes e merecemos ser valorizados", defende Neusa.

Por Maurício de Olinda