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POLÍTICA

Maioria dos eleitores de Toledo não possui se quer o ensino fundamental

Dos eleitores aptos para votar no próximo pleito municipal, mais de um terço do total saiu da escola antes de completar o ensino fundamental, antigo primeiro grau. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essa parcela do eleitorado toledano representa a maioria que vão eleger o futuro prefeito e os vereadores da cidade, que vão assumir o executivo e o legislativo a partir de 2013. São 30.601 eleitores com esta escolaridade na cidade.

07/10/2012 - 05:05


Em segundo lugar aparece a parcela que ficou pelo caminho no ensino médio, o antigo segundo grau. São 21.957 eleitores toledanos que ainda não finalizaram o ensino médio. Em terceiro estão os eleitores que possuem o ensino médio completo, com 12.332. Em quarto, aparece quem tem apenas o ensino fundamental completo, com 7.163 eleitores. Em seguida aparecem os eleitores que não tem um grau de escolaridade, mas estão cadastrados como alfabetizados. São 6.541 eleitores.
Somente em sexto lugar, com 3.926 pessoas aparecem os eleitores com diploma de nível superior universitário em Toledo. E em seguida, 3.691 pessoas, constituindo aparecem quem está no banco das faculdades, os eleitores com ensino superior incompleto. Para finalizar, 2.674 eleitores são considerados analfabetos.
Segundo o Cientista Político e Professor da Unioeste, Gustavo Biasoli Alves, os índices preocupam na hora de se pensar política. Segundo o professor, um eleitor sem acesso a formação qualificada, tem dificuldades de ter acesso e valorizar a informação. "Este eleitor que tem pouca escolaridade, pode ter a tendência de ser mais imediatista. Ou seja, podem se sugestionar com maior facilidade para vantagens de curto prazo. E aqui entra questões como compra de votos por favores de políticos", comenta. Outro fator é pensar o porquê que política é importante. "Toda a eleição é um momento de reflexão, de checar se aquele grupo político que está no poder deve continuar ou não. Quando à falta de informação, o eleitor pode encontrar mais dificuldade para avaliaria os candidatos", completa.
Ainda segundo Alves, no caso de Toledo, as instituições de ensino universitário ainda são jovens na cidade, e faltam políticas para que as pessoas consigam não só entrar nas universidades, mas também permanecer, e se formar. Esses problemas podem explicar os motivos do número de eleitores na cidade ser tão baixo. "Nenhuma universidade em Toledo possuí se quer um Restaurante Universitário", lembrou o professor, que acredita que a tendência na educação só vai mudar quando for investido em políticas de acessibilidade e assistência nos âmbitos educacionais.
Paraná
Os números de Toledo são parecidos com a estatística no Paraná. Dos 7.727.727 eleitores que vão às urnas, nos 399 municípios do Estado, 32,2% também não possuem o ensino fundamental completo. Em seguida aparece os eleitores que tem o ensino médio incompleto, com 19,8%. Em terceiro quem tem diploma de ensino médio, com 15,2%. Em quarto, com 10,06%, é o contingente dos eleitores que estão classificados como alfabetizados, mas sem nível de instrução. Após aparecem os eleitores com ensino fundamental completo, com 8,1%. Depois vêm os eleitores com diplomas universitários, com 6,5%. Seguido de quem ainda não completou a graduação, com 3,8% e, por último, os analfabetos, com 3,6% do total de eleitores.
2008
A primeira comparação em relação com às últimas eleições municipais mostram que o número de eleitores cresceu, em 2008 eram 80.680 pessoas aptas para votar na cidade. Neste ano são 89.748 eleitores em Toledo. Porém a tendência de qualificação escolar dos munícipes continuou a mesma. Na época, 36,9% do eleitorado estava classificado como ensino fundamental incompleto. 23,4%, não terminaram o ensino médio. 11,4%, estudaram apenas para completar o ensino médio. 8,6%, eram apenas considerados alfabetizados. 8,2%, apareciam apenas possuindo o diploma de ensino fundamental completo. 3,47%, dos eleitores de 2008 possuíam diploma de ensino superior.
A diferença entre 2012 e 2008 está justamente no crescimento dos eleitores que estão cursando universidade. Nas últimas eleições municipais, o número de analfabetos era maior que os universitários. Enquanto que 3,44% eleitores não sabiam ler ou escrever, 3,2% cursavam uma instituição de ensino superior em Toledo.

Por Maurício de Olinda

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