Quociente eleitoral: Você sabe como são eleitos os seus representantes?

Muitas vezes, o eleitor não entende o porquê um candidato bem votado não é eleito, enquanto outro com menos voto é escolhido para assumir uma das cadeiras legislativas em questão. Para as próximas eleições, por exemplo, serão escolhidos os vereadores da cidade. E este cálculo vai ser levado em conta para determinar quem vai ser eleito para ocupar uma das cadeiras da Câmara Legislativa Municipal. A primeira coisa que o eleitor deve saber é que antes de votar para vereador ele está votando em sua legenda. É por isso que o número do partido vem antes do número do candidato. Isso por que as vagas são distribuídas de acordo com a votação de cada partido ou coligação. Se o eleitor quer votar apenas na legenda, sem especificar qual dos candidatos daquele partido ele quer eleger, é preciso digitar apenas os dois primeiros números.
Portanto, primeiro são apurados os votos que cada partido conseguiu, a partir de seus candidatos. São atribuídas um número de cadeiras que esses partidos terão direito a ter proporcionalmente aos seus votos conquistados (quociente partidário). Depois de feito este cálculo, estas cadeiras destinadas aos partidos serão distribuídas aos seus candidatos que tiveram mais votos.
O analista judiciário, Joaquim Bortot, explica que para fazer o cálculo dos quocientes eleitorais é preciso pegar os votos válidos e divide pelo número de cadeiras a serem preenchidas na câmara de vereadores. “No próximo ano, a partir de primeiro de janeiro Toledo terá 19 vereadores. Estamos fazendo um cálculo com base de dados em eleições passadas que este quociente eleitoral deve girar em torno de 3,8 mil votos. Vamos ver se confirma os dados ao final das eleições”.
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O Tribunal Superior Eleitoral vêm fazendo campanhas publicitárias nos meios de comunicação sobra a importância do voto consciente e de como proceder para não errar diante da urna eletrônica hoje. Porém, pouco, ou nada, é dito sobre a importância do voto partidário e sobre os cálculos que são levados em conta pela Justiça Eleitoral. Segundo o Cientista Político e Professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Gustavo Biasoli Alves, o TSE tem uma postura republicana para tentar simplificar o processo. "Cabe a outros organismos como escolas e partidos políticos explicar sobre ideologias de voto, como é o voto partidário", explica.
Porém o professor concorda que o TSE falha ao não explicar estes quocientes eleitorais. "Nesse sentido eu concordo que não se está sendo dito sobre isso, é explicar ao eleitor como o processo é feito é importante", conclui.

Por Maurício de Olinda