"É preciso fomentar a participação da mulher muito antes de fechar a nominata", afirma a vereadora eleita, Sueli Guerra

Sueli afirma que o PMDB a ofereceu condições de participar do processo. “Eu sou vice – presidente da Executiva e sou presidente do PMDB Mulher, isso faz com que tenhamos uma participação mais ativa e não apenas passiva. Por isso, conclamo aos presidentes de partidos que façam este trabalho ao lado feminino. Que chamem as mulheres, mas não somente para fechar nominata, pois precisamos de mulheres em toda a caminhada”.
Ela salienta que a caminhada não deve iniciar somente no momento da campanha (nos três meses) no período da candidatura, mas incentivar para que as mulheres participem de todo o processo político. “Assim quando candidatas terão força política para se elegerem”.
O cientista político, Gustavo Biasoli Alves, disse que em conversa com diversas lideranças femininas em Toledo a queixa é de que os partidos não investem na formação de uma liderança feminina. “Eles respeitam a lei de cotas, mas não há formação de uma liderança feminina. A mulher tem que ter espaço e não é simplesmente um espaço com cinco ou seis candidaturas. É preciso que as candidatas tenham acesso a recurso e o apoio dos partidos”. Ele salienta que as mulheres devem ser trabalhadas como lideranças na sociedade.
Papel da mulher
Em alguns momentos, sempre houve a presença de uma mulher na Câmara em Toledo. Sobre isso, Sueli afirma que é uma grande responsabilidade representar as mulheres de Toledo. Ela convida as mulheres a fazerem a caminhada junto com ela. “Estarei defendendo políticas públicas para as mulheres. Nada melhor do que nós (mulheres) sabermos o que precisamos ou quais são as nossas necessidades. Por isso, vou defender as mulheres. Nós observamos os detalhes que o lado masculino não tem a sensibilidade ou a percepção aguçada. Por isso, vou verificar o que é necessário para a categoria”.
Trabalho
Nesta legislatura, Sueli Guerra – como primeira suplente – participou do debate na Câmara de Vereadores por duas vezes. Em 2010, ela substituiu o vereador Ademar Dorfschmidt juntamente com a vereadora Rosa que substituiu o vereador Leoclides Bisognin. Em 2012, ela retornou a Casa substituindo por 30 dias Bisognin. Em 2010, Sueli conta que apresentou diversas proposições e o projeto da Ficha Limpa para os profissionais que atuam com o prefeito e os vereadores, isto é, assessores, cargos de confiança, entre outros. Para a sua tristeza nenhuma indicação foi contemplada pelo executivo e, por isso, ao retornar neste ano as apresentou novamente. “São questões importantes, como a criação de uma equipe de manutenção as entidades municipais, CMEIS. Outra questão que agora apresentei como indicação é a manutenção dos parques. Eles são bonitos, porém não há manutenção. Cito dois deles: Parque Frei Eusébio e o Parque João Paulo II”.
Sueli enfatiza que o vereador não pode apresentar uma ideia e caso não seja atendida, simplesmente a abandoná-la. “Nós (vereadores) devemos persistir, porque esta é a minha forma de trabalho: ter persistência”.
Ela lembra que foi persistente para atingir este resultado: ser eleita como vereadora da cidade. “Foi uma caminhada longa. Nestes três meses, reafirmei o meu trabalho com a comunidade. Eu saio vitoriosa. Foram 926 votos conquistados. Agradeço as pessoas que me apoiaram verdadeiramente, quem colocou uma placa ou adesivo foi por vontade própria. Fiz uma campanha limpa e honesta”.
Sueli agradece a população que depositou o seu voto nela, mas em especial aos moradores do bairro Jardim Porto Alegre. “Eles reconheceram o meu trabalho que desenvolvo há 22 anos naquele bairro e quero dizer que 2008 eu fui a mulher mais votada e em 2012 a mulher mais vereadora e mais votada”.