“Se não houver essa prorrogação, o impacto no mercado paranaense será muito grande. As indústrias terão dificuldades para renovar o registro de seus produtos junto às autoridades sanitárias”, disse o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.
De acordo com a proposta apresentada pela Secretaria da Saúde, apesar da prorrogação, as indústrias teriam que cumprir um cronograma de melhorias em suas estruturas, como os sistemas de água e ar. Além disso, terão que realizar revisões periódicas dos produtos. Todas elas deveriam ser finalizadas até 2014. “Em caso de descumprimento de qualquer item do cronograma, a empresa seria considerada irregular”, explicou Paz.
A RDC 017/2010 foi criada para harmonizar a legislação brasileira com as já praticadas em outros países, sobretudo do Mercosul. A intenção é padronizar os critérios de avaliação das indústrias farmacêuticas, facilitando a exportação dos medicamentos produzidos no Brasil. Contudo, a medida atinge diretamente as indústrias de pequeno porte, principalmente as empresas de medicamentos fitoterápicos.
O mercado farmacêutico encolheu nos últimos anos no Paraná, segundo o chefe da Vigilância Sanitária Estadual, Paulo Costa Santana. Das 47 indústrias cadastradas na Vigilância Sanitária Estadual, apenas 22 ainda continuam em funcionamento. Santana disse que isso se deve à dificuldade das indústrias nacionais atenderem as novas legislações vigentes. “Entendemos que novas exigências são necessárias e vêm para melhorar a qualidade e segurança dos medicamentos, mas temos que levar em conta a possibilidade de aplicação dessas normas de acordo com as particularidades de cada região”, afirmou.
OUTROS ESTADOS
Além do Paraná, mais quatro Estados também se manifestaram a favor desta prorrogação. Durante reunião com a Anvisa em meados de setembro, Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul se comprometeram em enviar suas propostas. Os dois últimos, inclusive, contam com apoio paralelo das indústrias a favor da prorrogação. No Paraná isso também deve ocorrer através de sindicatos ou grupos de indústrias com interesse comum.
Da AE Notícias
SAÚDE
Paraná propõe prorrogação do prazo para adequação na fabricação de medicamentos
A Secretaria estadual da Saúde solicitou nesta quinta-feira (11) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a prorrogação para 2014 do prazo final para que as indústrias farmacêuticas se adaptem às novas exigências para a fabricação de medicamentos. A RDC 017/2010 (Resolução de Diretoria Colegiada) já está em vigor, mas as indústrias só estariam sujeitas a sanções a partir de janeiro de 2013. Em reunião com representantes da Secretaria da Saúde e do ramo industrial farmacêutico, as empresas do Paraná sinalizaram que não há tempo hábil para fazer as adequações necessárias para atender a resolução ainda este ano.
Mais lidas
- 1Primeira Conferência Municipal de Igualdade Racial de Toledo reúne lideranças e fortalece políticas públicas
- 2Estudantes do ensino médio vão representar o Brasil em Olimpíadas de Astronomia e Astrofísica
- 3Abertura do II Simpósio de Pesquisa da FAG Toledo contará com cinco mesas temáticas
- 4Uma semana que atravessou a cozinha, a arte e a política: migrantes protagonizam jornada histórica em Toledo
- 5Agência lançará “Diagnóstico Territorial Trabalho, Emprego e Renda”
Últimas notícias
- 1Dia Internacional das Cooperativas: Roberto Rodrigues aponta cooperativismo como solução para desafios globais
- 2Boletim semanal informativo da dengue é divulgado pela Saúde em Toledo
- 3Agência lançará “Diagnóstico Territorial Trabalho, Emprego e Renda”
- 4Uma semana que atravessou a cozinha, a arte e a política: migrantes protagonizam jornada histórica em Toledo
- 5Vídeo da Escola São Luiz concorre em concurso do Convênio Linha Ecológica