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ECONOMIA

GRIPE AVIÁRIA: Mantendo o rigor sanitário, o Brasil pode ser beneficiado nas exportações, diz Bernartt

Foi registrado recentemente, casos de gripe aviária no Japão. Nesta semana, aproximadamente 500 mil animais serão sacrificados. A Casa de Notícias conversou com o presidente da Associação dos Avicultores do Oeste do Paraná (Aaviopar), Luiz Ari Bernartt, para saber qual será o reflexo no mercado regional e nacional, visto que o Município de Toledo é considerado um dos maiores produtores de aves da região.

24/01/2011 - 17:40


Bernartt explicou que o problema da gripe aviária afeta a avicultura em nível mundial e que a doença causa preocupação por ser extremamente contagiosa. No entanto, ele lembra que o Brasil possui uma tecnologia de produção evoluída e a sanidade animal do País é mantida com rigor. Desta forma, não há casos que caracterize este problema no Brasil. “Acredito que em termos comerciais, a produção nacional será mais procurada. O Brasil terá algumas vantagens, pois talvez a produção do Japão deixe de ser exportada e o Brasil sendo um dos países com maior volume em exportação, fica atrás apenas dos Estados Unidos, teremos condições de aumentar a nossa exportação”.

Ele ainda acrescenta que, atualmente, a carne de frango é considerada a mais barata. “70% da carne de frango produzida no Brasil está sendo consumida no País, isto em função da alta nos preços da carne bovina. Enquanto, o consumo da carne bovina per capita está em cerca de 14 quilos, a de frango está 35 quilos e de um ano e meio para cá o consumo aumentou para 45 quilos”.

O presidente da Aavipor disse que o vírus da gripe aviária é altamente contaminante, porém as granjas devem continuar tendo uma produção com qualidade. “As exportações e o mercado estão indo bem. Dos últimos quatro meses, este é o melhor momento. O produtor e a indústria estão sendo recompensados e estamos confiantes que isto deva continuar. A perspectiva de mercado é boa”.

Cenário

O mercado para Toledo e região é considerado ótimo por Bernartt. “O volume de produção em Toledo é em torno de 9 milhões de pintos alojados mensalmente. A Sadia abate em torno de 400 mil frangos por dia. A Globo Aves abate em torno de 160 mil. O volume na região Oeste é grande. A área de ação da Aaviopar – 12 municípios – o volume é enorme. A avicultura para Toledo é tão representativa que para o PIB de Toledo equivale a mais de 30% do valor bruto de tudo que produz. Por isso, que devemos ter um cuidado especial para que nenhuma doença venha atingir a avicultura”.

Cuidados

O presidente da Aaviopar cita que alguns dos cuidados que os produtores devem ter na produção de aves: Qualquer pessoa antes de entrar no aviário deve pisar no cal; se é uma pessoa de fora ao entrar no aviário deve vestir uma bota e traje de plástico; o caminhão que vai carregar o frango deve passar por um quadro de desinfecção para depois entrar no aviário. “Com isso, felizmente não temos conhecimento de nenhum caso registrado no Brasil. Estas medidas têm dado garantia na qualidade do produto exportado”.

O presidente da Aaviopar comenta que cada integradora possui equipes de técnicos e veterinários que acompanham estes detalhes e a associação realiza reuniões para que todos mantenham um padrão. “Na nossa região, o que mais prejudica é a samonella, porém é um problema localizado e de fácil controle. Agora, doença crítica como a gripe aviária torcemos para que não venha até nós, porque a economia sofreria um baque. No entanto, temos conscientizado o nosso associado para que ele leve a sério, porque qualquer propriedade atingida pode afetar a todos”.

 Por Graciela Souza

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