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GERAL

Agenda de combate à corrupção deve estar associada à de igualdade de gênero, defende federação de mulheres

A agenda de combate à corrupção não pode ser dissociada da busca pela igualdade de gênero, disse na quinta-feira (8) a representante da Federação Internacional de Mulheres Advogadas, Sheela Anish. Para ela, como ainda há pouca representatividade feminina nos setores de governança na maioria dos países, a corrupção está muito associada aos homens.

08/11/2012 - 13:35


"Não vemos muitas mulheres em posições de governança e, em muitos lugares, elas ainda lutam por igualdade de condições. Normalmente, são os homens que estão envolvidos neste processo [de corrupção], mas as consequências disso não afetam só a eles, mas especialmente às mulheres, que ainda lutam por direitos básicos em muitos lugares", disse. Anish também defendeu a participação "transparente e com credibilidade" da sociedade civil no combate à corrupção.
Durante a discussão, a presidenta da União de Cooperativas de Mulheres Las Brumas (que fica em Jinotega na Nicarágua), Haydee Rodriguez, também enfatizou a importância da atuação feminina no processo.
Ela citou a experiência local de capacitação específica das mulheres que integram as cooperativas de sua região, a quem chama de “mulheres da base”, na apropriação de leis e de instrumentos jurídicos a fim de identificar casos de corrupção, como desvio de verbas ou uso indevido do cargo público para benefício próprio.
Haydee também acredita que é fundamental fazer alianças estratégicas com as lideranças locais, como prefeituras e polícia, para que as mulheres consigam ocupar, aos poucos, espaços na estrutura dos governos.
“Não significa necessariamente que concordemos com eles, mas esse espaço é necessário para que as mulheres possam falar, decidir e propor. Somos criativas e devemos buscar caminhos para trabalhar junto com os governos e combater a corrupção, e não apenas confrontá-los ”, disse.
A Conferência Internacional Anticorrupção é considerada o mais importante evento sobre o tema. Reúne chefes de Estado, representantes de governos e da sociedade civil. O debate ocorre em um país diferente a cada dois anos e conta com a participação de 1,5 mil representantes de mais de 130 países, em média, e é promovido pela organização não governamental (ONG) Transparência Internacional.

Da Agência Brasil

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