Murta explicou que o uso dos estimulantes sem necessidade não faz diferença no desempenho sexual. “A medicação funciona apenas para quem tem problema. Para quem não tem, praticamente não faz efeito”, informou.
De acordo com o médico, além de não trazer benefícios, a utilização inadequada de estimulantes pode ocasionar efeitos colaterais como dor de cabeça, nariz entupido, rosto vermelho, diarreia, náusea, vômito e, em casos mais raros, pode provocar cegueira. “Para quem tem problemas cardíacos, pode levar até a morte”, alertou.
Outro problema provocado pelo uso dos estimulantes é o risco de dependência psicológica. “O paciente acaba achando que só vai conseguir ter relação [sexual] se tomar a medicação, quando, na verdade, não é nada disso. Ele pode ter a relação [sexual] independentemente do remédio”, explicou. Segundo o médico, os pacientes nessa situação passam a achar que precisam da medicação para conseguir a ereção, mesmo que o remédio não seja, de fato, necessário. “O paciente acaba sofrendo muito depois”, disse
O médico alerta que o uso indiscriminado dos estimulantes tem aumentado. “Há bastante tempo, desde que foi lançado o Viagra, a gente sabe que existe este tipo de uso. Agora, com a quebra da patente do Viagra, a tendência é [o problema] aumentar, porque o preço caiu. Então, há um certo receio de que a coisa fique até pior”, disse.
Os estimulantes sexuais, destacou o médico, devem ser usados apenas por pacientes com problemas reais de ereção. “Nós prescrevemos o remédio para quem tem alguma doença orgânica que leva à disfunção erétil como pressão alta e diabetes”.
Normalmente, a idade comum dos usuários que utilizam a medicação é acima de 60 anos. “Eventualmente, tem pacientes jovens para quem a gente prescreve, são os que têm problemas psicológicos. A gente acaba usando como uma terapia de apoio, enquanto ele faz a psicoterapia e trata o problema psicológico dele”.
Da Agência Brasil
GERAL
Cresce o número de jovens que recorrem a estimulantes sexuais, mesmo sem precisar
Um levantamento feito com homens entre 25 e 35 anos atendidos pelo Centro de Referência em Saúde do Homem da capital paulista revelou que 20% dos pacientes utilizaram medicamentos para disfunção erétil sem prescrição médica. Foram consultados 300 homens durante o período de um mês. “São jovens que acham que tomando a medicação vão virar super-homens, vão ter um aumento da potência. Mas, na verdade, não tem nada disso”, disse Cláudio Murta, coordenador da Urologia do centro.
Mais lidas
- 1Corpo de Bombeiros orienta como prevenir afogamentos e outros acidentes em piscinas
- 2Acesso à internet na primeira infância mais do que dobrou desde 2015
- 3Ato oficializa abertura de conta da Prefeitura de Toledo no Sicredi Progresso
- 4Brasil amplia presença internacional e abre mais de 500 mercados para produtos agropecuários entre 2023 e 2025
- 5Toledo sedia reunião de secretários de Saúde dos municípios da 20ª RS
Últimas notícias
- 1Empatia não é enfeite de dezembro
- 2Secretaria da Fazenda alerta população sobre dívida ativa
- 3Projeto-piloto na UBS Jardim Maracanã é exposto durante evento em Brasília
- 4Toledo debate implantação do Centro de Treinamento Agropecuário (CTA)
- 5Paraná se destaca na vacinação contra HPV e supera média nacional em 2025


