Dilceu Sperafico inicia no dia 10 de fevereiro o seu 5º mandato como deputado federal. “Estamos vivendo no nosso país uma necessidade de reformas, principalmente, tributária, política, previdenciária e trabalhista. O Congresso Nacional tem que ter um trabalho em parceria com o governo para que as reformas aconteçam, pois elas são fundamentais para o Brasil. Hoje, o País tem a perspectiva de se tornar uma potência mundial, mas isso depende de alguns reajustes. Exemplo: O agronegócio brasileiro é o carro-chefe deste desenvolvimento, porque o mundo precisa basicamente de duas grandes frentes que são mantidas pelo agronegócio. O primeiro é o alimento, que está escasso no mundo. O Brasil precisa produzir para nós (brasileiros) e para exportar para o mundo. O segundo item é a energia.”.
Reformas
Dentre as reformas citadas por Sperafico a que considera mais importante é a tributária. “Primeiro lugar precisa ter vontade política da Presidente da República. Isto deve acontecer no primeiro semestre deste ano, caso contrário não acontece no restante dos quatro anos. Isto foi assim no primeiro mandato do Fernando Henrique Cardoso e nos mandatos de Lula. Era ameaçado que a reforma ia acontecer, mas não acontecia. O Governo tem que ter vontade e o Congresso deve colaborar. A reforma tributária é fundamental, porque o Brasil possui três gargalos que estão impossibilitando o desenvolvimento: o excesso de tributação isso faz com que não sejamos competitivos internacionalmente, então se há necessidade de reduzir a carga tributária e fazer que base de arrecadação seja maior, principalmente reduzindo os custos da tributação na área trabalhista, para que os encargos nas indústrias ou no comércio não sejam tão pesados para a contratação de funcionários. Além disso, precisamos ter um ajuste no câmbio. O Brasil está vendendo e exportando impostos, ao invés de exportar produtos e trazer dinheiro. A competitividade mundial nossa está deficitária, porque a supervalorização do real perante o dólar faz com que não sejamos competitivos com a China, Tawain, Índia, entre outros países. Isto dificulta a nossa balança comercial e a rentabilidade no País. Uma terceira forma é a possibilidade de investimento que se faz com financiamento com juro reduzido. O Brasil paga um juro excessivo. O mundo trabalha com uma taxa de 0,25%, o Brasil com 12%. O juro seria a inflação e mais 1 que seria em torno de 7%”.
Negociações
Com relação as negociações com o novo governo federal, Sperafico acredita que não continuará no mesmo nível dos últimos mandatos, pois segundo ele, Lula e Dilma são diferentes. “Lula é mais de relações públicas e internacionais. Já Dilma é mais pragmática. Eu tenho esperança que ela seja um pouco mais positiva, viaje menos e aja mais. Há a necessidade do Presidente da República esteja firme comandando o seu quadro de ministros e não deixar muito a vontade como foi no Governo do Lula”.
Estes e outros temas são abordados pelo deputado federal, Dilceu Sperafico, na entrevista em vídeo, que você confere aqui na Casa de Notícias. Bloco 1 eBloco 2